ANA SOUSA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O advogado Maury Dotto, 73, conseguiu "matar" uma saudade de mais de duas décadas. Na quinta-feira, ele foi à Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) tomar sopa de cebola.
"Na década de 70, eu vinha aqui tomar sopa. Depois de um tempo, acabou. Estava passando por aqui e resolvi ver se ainda tinha. Dá para dizer que a sopa do festival é tão boa quanto a antiga", afirma.
A volta da famosa sopa, que parou de ser servida em meados anos 1980, faz parte da primeira edição do Festival de Sopas, que a Ceagesp promove até o dia 29 de agosto, de quinta a sábado, no antigo prédio da Nossa Caixa.
"Na década de 70, a sopa de cebola do restaurante da Ceagesp era muito famosa, atraía artistas e intelectuais paulistanos. A ideia é homenagear o prato e momentos marcantes da história da Ceagesp, que completou 40 anos em maio", diz Rubens Boffino, presidente da companhia.
Os visitantes podem provar diariamente quatro variedades, por R$ 14. Ao todo, serão 40 tipos de caldos, além da tradicional sopa de cebola. Podem servir-se à vontade e temperar as sopas da forma que quiserem. "Temos calabresa, pimenta, croutons, salsinha, queijo, pão italiano e vários condimentos",diz o chef Evair Felix.
Segundo a organização do evento, em média 400 pessoas deve passar pelo festival diariamente. Atualmente, cerca de 50 mil pessoas circulam pelo entreposto da capital paulista todos os dias. Depois de uma indicação de um amigo, a engenheira Denise Limpias, de 29 anos, levou colegas do trabalho para saborear os caldos.
"Sempre tive vontade de vir na Ceagesp, mas nunca tive tempo. Como estava chovendo e o trânsito estava muito ruim, resolvemos fazer uma happy hour diferente", diz. Nas próximas semanas, a organização do festival pretende colocar a receita da sopa no site da Ceagesp (www.ceagesp.gov.br).