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Leis brasileiras são claras, diz procurador
REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O procurador Sérgio Suiama, do Ministério Público
Federal em São Paulo, afirma não ter dúvidas de que a
Google Brasil Internet Ltda.
é a empresa responsável em
fornecer as informações sobre os usuários do Orkut no
Brasil, por ser uma filial da
americana Google Inc.
Ele diz que, apesar de os
registros dos usuários estarem armazenados nos EUA,
os serviços do Google são
prestados no Brasil, a brasileiros e em português. Portanto, conclui, quem deve
responder aos questionamentos jurídicos quando o
serviço não é prestado corretamente é a filial brasileira, e
não a matriz americana.
"No fundo é uma questão
de soberania. A questão é: o
Brasil vai admitir que uma
empresa americana venha
para o Brasil e ganhe dinheiro em cima da gente e não
responda por nada aqui?"
Na terça, Suiama entrou
com ação civil pública na
Justiça para que a filial brasileira cumpra ordens judiciais
e forneça dados de 38 internautas suspeitos de veicular
páginas e comunidades de
pedofilia e racismo no Orkut.
Para o promotor Paulo
Marco Lima, 41, mestre em
direito penal e crimes na internet pela USP, é imprescindível que haja uma regulamentação do setor. Segundo ele, a lei hoje só define como crimes eletrônicos fraudes em urna eletrônica ou interceptação de e-mails.
Assim, outros delitos são
enquadrados como estelionato ou furto mediante fraude, por exemplo, fazendo
com que presos cumpram
uma pena menor do que
cumpririam caso existisse
uma legislação específica.
Com a colaboração de LUIZA DE ANDRADE
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