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Fila leva paulistano a pedir visto para os EUA no Rio
Em SP, espera para marcar entrevista pode superar duas
meses; no RJ, candidata agenda para duas semanas
No ano passado, foram
emitidos 270 mil vistos
na capital paulista, o
que faz do consulado
o principal do mundo
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
DENISE MENCHEN
DO RIO
A auditora contábil Gislaine Pereira da Silva, 29, acordou cedo ontem para ser, às
6h30, uma das primeiras
passageiras da ponte aérea.
A viagem não era a passeio
nem a trabalho, mas um bate-e-volta diplomático.
A longa espera -que passa de dois meses- para marcar entrevista a fim de obter o
visto dos EUA no consulado
em São Paulo tem levado
paulistanos a viajar ao Rio
para fazer o pedido por lá.
Informada em julho de
que o marido teria que fazer
uma viagem de negócios aos
EUA, Gislaine decidiu acompanhá-lo.
Foi surpreendida pela notícia de que a primeira data
disponível para agendamento no consulado em São Paulo era 27 de setembro, alguns
dias antes da viagem.
"Não dava para esperar. O
Rio era a melhor opção. Consegui marcar para duas semanas depois", afirma.
Ao desembarcar no Rio,
Gislaine foi direto para a fila
do consulado. Por volta de
meio-dia, deixou o local com
o visto aprovado.
"Por sorte eu tinha milhas,
então não tive que pagar",
explica a paulistana.
O que Gislaine e outros
tantos turistas de São Paulo
não sabem é que não precisariam ter ido ao Rio para antecipar o pedido de visto.
Segundo o Consulado dos
EUA em São Paulo, o tempo
de espera para agendamento
varia constantemente e, ao
longo do dia, são abertas janelas -e novas vagas-
quando há cancelamentos.
"Também pode acontecer
por conta de aumento no número de funcionários disponíveis para atendimento",
diz o diplomata americano
Benjamin Chiang, adido de
imprensa em São Paulo.
Às 11h de ontem, por
exemplo, a espera em São
Paulo era de 71 dias, contra
56 no Rio. À tarde, às 16h, esse tempo foi para 9 dias em
São Paulo e 58 dias no Rio.
"Pode acontecer de entrar
no site e ter vaga para depois
de amanhã, é questão de sorte", diz o despachante Miguel Elias, credenciado pelo
consulado americano.
Se conseguir uma data
mais próxima, o viajante pode remarcar a entrevista, mas
terá de pagar de novo a taxa
de agendamento, de R$ 38.
Em 2009 foram emitidos
270 mil vistos em SP, o que
faz do consulado o principal
do mundo, à frente de Pequim, Bogotá e Nova Déli.
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