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Alerta sobre vacina confunde prefeituras
Após morte de animais, Estado recomenda suspender imunização antirrábica, mas ministério diz não haver problema
À espera de orientação definitiva, cidades armazenam doses e reorganizam divulgação de campanhas
MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS
A recomendação do governo paulista na semana passada de suspender a vacinação de animais contra a raiva
causou confusão no interior
do Estado. Muitas prefeituras
aguardam nova orientação.
O alerta, segundo a Secretaria da Saúde, ocorreu porque houve na Grande São
Paulo sete casos de choque
anafilático em cães e gatos
-seis deles morreram.
O Ministério da Saúde diz
que não há problema com as
doses encaminhadas e que a
campanha deve continuar.
Sem orientação definitiva,
prefeituras buscam formas
de armazenar milhares doses
e reorganizar a divulgação.
Em Campinas, a campanha com cartazes e outdoors
já estava pronta, mas foi suspensa. Embora tenha sido
uma recomendação do governo, a prefeitura preferiu
não arriscar.
"Vamos aguardar uma definição por parte do Estado",
disse a médica-veterinária
Andréa Von Zuben, da Coordenação da Vigilância Sanitária de Campinas. "Vamos
esperar a análise dos lotes."
O exame será feito pelo
Instituto Pasteur; não foi divulgada data do resultado.
A imunização em Limeira
já havia começado no dia 19 e
foi suspensa. Foram aplicadas 2.000 doses -as 18 mil
restantes estão em conservação em geladeiras.
Em Jundiaí, a prefeitura
também aguarda definição.
A vacinação começaria na
sexta passada e cerca de
5.000 cartazes já haviam sido
distribuídos. Em Bauru, seria
de 12 a 19 de setembro.
O ministério adquiriu neste ano 30,9 milhões doses,
distribuídas aos Estados. O
fornecedor, Tecpar, e o laboratório Biovet dizem que não
há problema com elas.
Segundo o ministério, a
vacina atual garante proteção de um ano. As anteriores,
por até sete meses. Também
afirma que o modelo é o recomendado pela Organização
Mundial da Saúde.
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