DA AGÊNCIA FOLHA

O coordenador geral do Fórum Catarinense pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil, promotor Gercino Gomes Neto, 39, também um dos idealizadores do projeto, afirma estar convencido de que os efeitos de campanhas como a que vai ser realizada no Estado no dia 25 produzem resultados significativos.
O promotor está há dois anos no cargo, mas deve se afastar em novembro, quando assume um novo coordenador.
"Um dos primeiros efeitos das ações é a mobilização dos órgãos públicos, que ficam parados até alguém mostrar um caminho", afirmou Gomes Neto.
Segundo o promotor, que há 15 anos trabalha no Ministério Público, desde que o fórum começou seus trabalhos houve um aumento de 26% nas denúncias que são encaminhadas às promotorias da Infância e da Juventude de todo o Estado.
No município de Chapecó, uma média de 25 denúncias por dia chega ao conhecimento do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente.
A maioria dos casos chega ao conhecimento das promotorias por meio de denúncias feitas pelas próprias vítimas dos abusos sexuais e da violência.
"As pessoas estão se conscientizando de que é preciso deixar as conversas veladas e relatar os abusos", declarou.

Resultados são significativos, afirma promotor
Levantamento feito pelo fórum em 53 municípios catarinenses mostrou que em 56,6% das localidades há exploração comercial da sexualidade de crianças e de adolescentes.
Apenas 16,6% dos municípios possuem algum tipo de programa para retirar as crianças e os adolescentes da prostituição.
Gomes Neto afirma que a aprovação de uma lei estadual que estabeleça um dia de luta em prol da criança é fundamental para a obtenção de resultados.
Uma lei federal estabelece o dia 18 de maio como dia de combate à violência e exploração sexual de crianças e adolescentes.


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