São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 2000
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RIO DE JANEIRO PM ocupa duas favelas por tempo indeterminado em represália à morte de soldado A Polícia Militar anunciou ontem que ocupará por tempo indeterminado os morros Bateau Mouche e São José Operário, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio). A operação começou às 13h de sábado, com o objetivo de encontrar os assassinos do PM Alexandre Gomes Eloy, 29. O corpo do soldado foi encontrado na madrugada de sábado no porta-malas de um Volkswagen Gol roubado, estacionado na Praça Seca, em Jacarepaguá. Alexandre estava amarrado com fita crepe e tinha sinais de tortura pelo corpo. A PM atribui o crime a traficantes dos dois morros. Segundo testemunhas, Alexandre teria sido capturado quando saía da casa de sua namorada, por volta das 17h de sexta-feira. Ao ser reconhecido pelo traficante conhecido como Sapinho, que já tinha sido preso pelo próprio Alexandre, o soldado teria sido torturado e morto com tiros de fuzil. Sapinho está foragido e a polícia acredita que ele está se escondendo na favela Bateau Mouche, onde o comandante do tráfico, conhecido como Gaspar, seria seu aliado. Até agora a operação nas duas favelas, resultou na prisão de quatro supostos traficantes e na apreensão de uma arma 9mm, duas carabinas e papelotes de cocaína. Mas nenhum dos quatro presos é suspeito de ter participado do assassinato do PM. O comandante da Polícia Militar do Rio, Wilton Ribeiro, anunciou que será instalado um posto de policiamento dentro da favela Bateau Mouche o mais rápido possível. Na mesma madrugada de sábado, o sargento PM Juvenil Corrêa dos Santos, 49, foi assassinado por traficantes na Ilha do Governador (zona norte). Apesar desses crimes, o comandante Ribeiro afirma que, estatisticamente, o número de PM mortos tem se mantido igual ao dos últimos meses. (FREE-LANCE PARA A FOLHA) Texto Anterior: Panorâmica: Acidente na Castelo Branco deixa 35 feridos Próximo Texto: PF de MS apreende 11 toneladas de maconha em carregamento de madeira Índice |
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