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Governo Serra acredita que paralisação irá perder a força
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão José Serra (PSDB)
avalia que a greve dos policiais
civis, iniciada no último 16, deve perder a força ao longo do
tempo. Além disso, o governo
também trabalha para tentar
enfraquecer os sindicatos e
tentar negociar diretamente
com os demais representantes
de policiais em greve.
Oficialmente, as negociações
entre grevistas e governo estão
suspensas. Os policiais querem
15% de reajuste imediato, mais
duas parcelas de 12% no ano
que vem e em 2010.
Já o governo oferece um pacote de medidas que, segundo a
Secretaria Estadual de Gestão,
proporcionará aumento de até
38% a delegados, além de outros benefícios aos policiais.
Ontem, o secretário Ronaldo
Marzagão (Segurança Pública)
cancelou participação em
evento público e não se manifestou sobre a reação dos delegados da região de Barretos.
A Folha também tentou ouvir o governador em um evento
à tarde, mas ele foi embora sem
conceder entrevistas.
Potencial explosivo
O deputado estadual Barros
Munhoz (PSDB), líder do governo na Assembléia Legislativa, disse ontem que, embora
considere que ainda não há crise envolvendo a greve dos policiais civis, a paralisação já se
prolongou demais.
"É uma greve de potencial
explosivo, estamos torcendo
para que esse movimento acabe logo", comentou o deputado,
que esteve ontem com o governador Serra.
Desde o início da paralisação,
na semana passada, o governo
ficou praticamente sem defesa
na Assembléia Legislativa, onde tem ampla maioria.
Ao contrário, a política de salários que o governo estadual
vem conduzindo foi criticada
até pelo deputado tucano Mauro Bragato, que já ocupou o cargo de líder do PSDB na Assembléia, que vem reivindicando
reajustes para outras categorias, como no DER (Departamento de Estradas de Rodagem). "Há alguns equívocos
nessa política."
Na base governista, deputados apontaram um erro político do governo no encaminhamento e aprovação do projeto
de lei que concede benefícios
aos fiscais de renda.
A categoria, que tem salário
de R$ 12,6 mil, terá gratificações de acordo com a arrecadação.
(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)
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