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Explosão de loja arrasa casas e mata 2
Acidente em comércio de fogos de artifício em Santo André deixou 15 feridos e destruiu 4 casas; outros 30 imóveis foram esvaziados
Carro, tijolos e madeira voaram com explosão, dizem moradores; rua em bairro de classe média ficou encoberta por destroços e fumaça
Heidir Marin/Folha Imagem
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Com as roupas rasgadas, morador observa destroços
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A explosão de uma loja que
vendia fogos de artifício e brinquedos, localizada em uma rua
repleta de casas e pequenos comércios em Santo André
(Grande SP), matou duas pessoas, feriu outras 15 e destruiu
quatro casas. O local ficou devastado -outras 30 casas foram evacuadas e a rua ficou encoberta por destroços, sujeira e
uma fumaça espessa.
O incêndio, seguido por várias explosões, teve início por
volta das 12h30 de ontem. Moradores dizem que um carro,
pedaços de tijolos e madeira
voaram com a explosão, ouvida
a uma distância de 5 km.
"Só vi as janelas se dobrando,
entrando, vidro caindo. Não sabia se era avião ou terremoto",
disse Doraci Vitorino, 66, que
vive a cerca de 100 m do local.
"Parece terra arrasada", afirmou Luiz Humberto Navarro,
comandante do Corpo de Bombeiros.
A suspeita da polícia é de que
a explosão foi provocada porque havia explosivos no local. A
loja, porém, só tinha licença para vender os fogos e estava em
situação irregular na prefeitura. O dono do imóvel, que está
desaparecido, já havia sido preso por armazenar explosivos.
O acidente ocorreu após uma
antena de televisão que estava
sendo instalada no telhado da
loja encostar na rede elétrica.
Primeiro, saiu fogo dos fios.
Em seguida, começou a pegar
fogo dentro da casa. Só depois
houve a primeira explosão.
Com a explosão, morreram
Ana Maria Martins, 58, que trabalhava como faxineira na casa
dos donos da loja, e Denian
Castellani, 41, primo do dono.
"Filme de terror"
Mabel Carvalho, 36, vizinha
da loja, disse ter saído de casa
quando viu o fogo na fiação.
Com a explosão, foi arremessada a dez metros de distância.
"Parecia um filme de terror."
A 300 m dali, um caminhão
de lixo perdeu o controle por
conta da explosão e bateu num
carro. Ninguém se feriu.
Maria Felici, 48, vendedora,
teve a casa inundada porque a
caixa d'água estourou. Ela mora na mesma rua, a 50 metros
da loja que explodiu.
Vizinho dela, Gustavo Rubino, 21, estava no centro da cidade (a 4 km do local) quando ouviu a explosão. Só ficou sabendo que a casa dele ficou parcialmente destruída quando um
primo, que trabalha na polícia,
telefonou para avisar. "Jamais
imaginei que era por causa da
loja ao lado da minha casa, que
sempre vendia pipas."
(ROGÉRIO PAGNAN, PABLO SOLANO E EVANDRO SPINELLI)
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