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Dono de loja já foi preso por ter explosivos
Prisão em flagrante aconteceu em maio de 2002 por posse ilegal do produto; segundo a polícia, processo foi arquivado
Testemunhas disseram ter visto comerciante deixar o local após a explosão em Santo André; ele e a mulher são procurados pela polícia
DA REPORTAGEM LOCAL
O dono da loja que explodiu
ontem em Santo André, Sandro
Luiz Castellani, foi preso em
flagrante em 16 de maio de
2002, no mesmo local, por posse ilegal de explosivos. A polícia
não soube informar quanto
tempo ele ficou na prisão, mas
disse que o processo foi arquivado pela Justiça.
Duas testemunhas disseram
à polícia ter visto Castellani
deixar o local após a explosão.
Ele e sua mulher, Conceição
Aparecida Fernandes, são procurados pela polícia. Como não
há pedido de prisão, eles não
são considerados foragidos.
A loja de Castellani tem um
auto de vistoria feito pelo Corpo de Bombeiros, que atesta a
segurança do local. O documento foi expedido em julho
deste ano e tem validade até
2012.
O estabelecimento tem também licença emitida pela Polícia Civil para vender fogos de
artifício até 31 de dezembro. O
que a loja de Castellani não tem
é a autorização para produzir
fogos de artifício.
A polícia suspeita que a loja
armazenasse pólvora branca,
utilizada na fabricação de fogos
de artifício, mas isso só será esclarecido após a conclusão do
trabalho dos peritos.
Alvará
A Prefeitura de Santo André
informou que o alvará da loja
foi indeferido na semana passada. A lei municipal que regulamenta a venda de fogos de artifício na cidade prevê que a licença de funcionamento tem
validade de 60 dias. A permissão pode ser prorrogada por
mais 30 dias.
De acordo com a prefeitura,
Castellani não apresentou o auto de vistoria feito pelo Corpo
de Bombeiros e, por isso, teve o
pedido de funcionamento da
loja negado.
A primeira autorização de
funcionamento para a loja foi
dada em 1996 e vinha sendo renovada desde então. O último
pedido de renovação foi feito
em 7 de maio. O indeferimento
da solicitação para a loja funcionar foi expedido no último
dia 14.
Regina Saleti, vizinha do local da explosão, afirmou que a
loja de Castellani estava fechada nos últimos dias. Além de fogos de artifício, ele comercializava pipas e enfeites. Segundo
vizinhos, Castellani mora desde pequeno na rua onde ocorreu o acidente.
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