São Paulo, sexta-feira, 25 de setembro de 2009

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Dono de loja já foi preso por ter explosivos

Prisão em flagrante aconteceu em maio de 2002 por posse ilegal do produto; segundo a polícia, processo foi arquivado

Testemunhas disseram ter visto comerciante deixar o local após a explosão em Santo André; ele e a mulher são procurados pela polícia

DA REPORTAGEM LOCAL

O dono da loja que explodiu ontem em Santo André, Sandro Luiz Castellani, foi preso em flagrante em 16 de maio de 2002, no mesmo local, por posse ilegal de explosivos. A polícia não soube informar quanto tempo ele ficou na prisão, mas disse que o processo foi arquivado pela Justiça.
Duas testemunhas disseram à polícia ter visto Castellani deixar o local após a explosão. Ele e sua mulher, Conceição Aparecida Fernandes, são procurados pela polícia. Como não há pedido de prisão, eles não são considerados foragidos.
A loja de Castellani tem um auto de vistoria feito pelo Corpo de Bombeiros, que atesta a segurança do local. O documento foi expedido em julho deste ano e tem validade até 2012.
O estabelecimento tem também licença emitida pela Polícia Civil para vender fogos de artifício até 31 de dezembro. O que a loja de Castellani não tem é a autorização para produzir fogos de artifício.
A polícia suspeita que a loja armazenasse pólvora branca, utilizada na fabricação de fogos de artifício, mas isso só será esclarecido após a conclusão do trabalho dos peritos.

Alvará
A Prefeitura de Santo André informou que o alvará da loja foi indeferido na semana passada. A lei municipal que regulamenta a venda de fogos de artifício na cidade prevê que a licença de funcionamento tem validade de 60 dias. A permissão pode ser prorrogada por mais 30 dias.
De acordo com a prefeitura, Castellani não apresentou o auto de vistoria feito pelo Corpo de Bombeiros e, por isso, teve o pedido de funcionamento da loja negado.
A primeira autorização de funcionamento para a loja foi dada em 1996 e vinha sendo renovada desde então. O último pedido de renovação foi feito em 7 de maio. O indeferimento da solicitação para a loja funcionar foi expedido no último dia 14.
Regina Saleti, vizinha do local da explosão, afirmou que a loja de Castellani estava fechada nos últimos dias. Além de fogos de artifício, ele comercializava pipas e enfeites. Segundo vizinhos, Castellani mora desde pequeno na rua onde ocorreu o acidente.


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