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Abandonado há 25 anos, hotel aberto por d. Pedro 2º volta com jardim suspenso
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
Há 25 anos abandonado, o
Hotel das Paineiras, no Parque Nacional da Tijuca, no
Rio, vai ressurgir com jardins
suspensos, museu e centro de
pesquisa. De quebra, ajudará
a solucionar o acesso caótico
à estátua do Cristo Redentor.
Esse é o perfil do projeto do
escritório paulista de arquitetura Estúdio América, vencedor do concurso promovido
pelo IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil).
O projeto, com custo estimado de R$ 14 milhões, deve
ficar pronto em dois anos. Segundo o Ministério do Meio
Ambiente, o custo será bancado por empresas interessadas em explorar o complexo.
Inaugurado em 1884 pelo
imperador d. Pedro 2º, o Paineiras por muito tempo dividiu com o Copacabana Palace
o status de principal hotel carioca. Aos pés do Corcovado,
com uma vista privilegiada,
ele serviu de concentração
para a seleção brasileira e de
hospedagem para vários presidentes da República.
O projeto, que será apresentado hoje, mantém a fachada do hotel. Uma antiga
estação de trem será reativada para conexão direta com o
Cristo Redentor.
A previsão é que estejam
disponíveis 40 quartos nos
dois andares -antes havia 98.
O local terá ainda restaurante, museu, centro de pesquisa
e de visitantes, sede do Instituto Chico Mendes e cafés.
O terceiro andar, adicionado ao antigo prédio na década
de 70, dará lugar a um centro
de convenções, com fachada
diferente da do hotel. "A proposta é que fique claro o que é
original e o que é novo", diz o
arquiteto Mário Figueroa.
Uma das marcas do projeto
é o jardim suspenso anexo ao
hotel. Ele ficará sobre uma estação de vans para levar os turistas ao Cristo. Haverá um
estacionamento subterrâneo.
Hoje, a maioria dos 6.000
visitantes diários sobe de carro pela estrada das Paineiras
e deixa o veículo perto do hotel. A partir dali, só é permitido subir em vans cadastradas.
Carros estacionam ao longo
da estrada e há congestionamento nos finais de semana.
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