São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Kassab dá R$ 70 mi sem licitação por obra no Jd. Pantanal

Construção de dique e remoção de famílias já haviam sido autorizadas em abril pelo prefeito de São Paulo

Para o governo, não há ilegalidade, pois havia situação de emergência; quatro empresas foram consultadas, diz gestão

DE SÃO PAULO

A construtora Queiroz Galvão vai receber R$ 70,5 milhões sem licitação da Prefeitura de São Paulo para construir um dique de contenção de águas na região do Jardim Pantanal e remover e indenizar as famílias, cujos imóveis tiveram de ser derrubados.
O contrato, revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo," é o maior sem licitação nesta gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM), iniciada em janeiro de 2009, segundo o portal "De Olho nas Contas", da prefeitura.
A Queiroz Galvão já executa a obra desde 6 de abril, quando a prefeitura expediu uma ordem de serviço emergencial baseada na situação de calamidade pública, reconhecida em decreto de Kassab de fevereiro daquele ano.
Embora o contrato tenha sido assinado em junho, engloba os serviços feitos desde abril e vigora até dezembro, quando deverá terminar a obra, cujo objetivo é conter as águas do rio Tietê em caso de transbordamentos, como o ocorrido no final de 2009.
O bairro é um dos mais afetados pelas chuvas. Já ficou três meses alagado.
A execução da obra tinha de ser imediata, segundo a prefeitura, o que não permitia a realização de licitação. Para o governo, não há ilegalidade, porque a ordem de serviço estava embasada juridicamente no decreto.
A prefeitura diz ter consultado a Andrade Gutierrez, a Carioca, a CR Almeida e a Queiroz Galvão, mas só a última respondeu que poderia executar a obra de imediato, no prazo e nas circunstâncias exigidas pela emergência.
Do total, R$ 31,6 milhões serão usados no dique. O restante será aplicado na remoção das famílias, na indenização pelos imóveis e no pagamento de bolsa-aluguel.
A obra, segundo a prefeitura, está 95% concluída. "Vamos ver se ela irá funcionar quando chover forte", afirma o torneiro mecânico Luís Eduardo Marques, que mora ao lado da obra.


Texto Anterior: Djalma Urban (1917-2010): Um pintor de paisagens impressionistas
Próximo Texto: Dejetos: Prefeitura multa por desrespeito a horário e local de descarte de lixo
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.