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Vice-presidente não vota, mas defende o "não"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O vice-presidente da República,
José Alencar (PMR), afirmou ontem que uma eventual vitória do
"sim" no referendo ira aumentar
a criminalidade no Brasil.
"Se o bandido tem certeza de
que não tem uma arma na casa,
ele fica mais corajoso", disse ontem de manhã o vice, que também é ministro da Defesa.
As declarações destoam da posição da maioria dos integrantes
do governo federal, inclusive do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que era a favor do "sim".
Ele avaliou que não cabe discutir o resultado -64% dos brasileiros foram contra a proibição da
venda de armas no país, opção
vencedora nos 26 Estados e no
Distrito Federal. "Foi a vontade de
toda a nação brasileira."
O vice-presidente, porém, não
votou. Ficou descansando no Palácio do Jaburu, em Brasília (DF),
porque tem mais de 70 anos e não
é mais obrigado a votar.
População desprotegida
Já o presidente da Câmara dos
Deputados, Aldo Rebelo (PC do
B-SP), disse que a vitória do "não"
foi uma mensagem da população
que se sente "desprotegida". Segundo ele, é preciso aceitar o resultado "com humildade".
Rebelo rejeitou a hipótese de
que a derrota tenha sido do Executivo e disse que o tema da segurança precisa, além de investimentos da União e dos Estados,
de valorização "política e social".
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