São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vice-presidente não vota, mas defende o "não"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O vice-presidente da República, José Alencar (PMR), afirmou ontem que uma eventual vitória do "sim" no referendo ira aumentar a criminalidade no Brasil.
"Se o bandido tem certeza de que não tem uma arma na casa, ele fica mais corajoso", disse ontem de manhã o vice, que também é ministro da Defesa.
As declarações destoam da posição da maioria dos integrantes do governo federal, inclusive do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que era a favor do "sim".
Ele avaliou que não cabe discutir o resultado -64% dos brasileiros foram contra a proibição da venda de armas no país, opção vencedora nos 26 Estados e no Distrito Federal. "Foi a vontade de toda a nação brasileira."
O vice-presidente, porém, não votou. Ficou descansando no Palácio do Jaburu, em Brasília (DF), porque tem mais de 70 anos e não é mais obrigado a votar.

População desprotegida
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse que a vitória do "não" foi uma mensagem da população que se sente "desprotegida". Segundo ele, é preciso aceitar o resultado "com humildade".
Rebelo rejeitou a hipótese de que a derrota tenha sido do Executivo e disse que o tema da segurança precisa, além de investimentos da União e dos Estados, de valorização "política e social".


Texto Anterior: Controle sobre venda de arma será ampliado
Próximo Texto: Abalo: Movimento de rochas causou tremor em SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.