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Comissão aprova revitalização da Liberdade
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
A recém-formada CPPU (Comissão de Proteção da Paisagem Urbana), uma espécie de
órgão deliberativo da Lei Cidade Limpa, aprovou ontem o
projeto com vistas à revitalização e à modernização da Liberdade (região central).
A primeira fase da proposta,
patrocinada pela iniciativa privada, deve ser concluída em junho de 2008, em alusão aos
cem anos da imigração nipônica no Brasil.
Segundo Regina Monteiro,
diretora da Emurb (Empresa
Municipal de Urbanização),
membro da CPPU e mentora
da Cidade Limpa, a comissão
aprovou ontem a "intervenção
visual" e os "conceitos" para
modificação das fachadas da Liberdade. Entre outras requisitos, Monteiro exigiu a aprovação dos proprietários de imóveis do bairro, o que foi conseguido pelos autores do projeto.
"As pessoas ainda têm muito
medo de mudanças", diz. Outra
orientação foi harmonizar elementos de três correntes migratórias hoje presentes na região: japoneses, chineses e coreanos. "Os japoneses não queriam dragões, é complicado."
"Está tudo pronto", comemora o autor do projeto, Márcio Lupion, doutor em arquitetura simbólica.
Um dos pontos altos da nova
Liberdade é a criação de hologramas e vitrines eletrônicas.
"A conta não será o tamanho
das fachadas, mas o tempo de
exposição", diz Monteiro.
Ao ser concluída, a remodelação da Liberdade será o primeiro projeto coletivo de urbanismo em São Paulo depois da
Lei Cidade Limpa.
Em outra discussão polêmica
votada ontem, a comissão da
prefeitura decidiu proibir a
propaganda externa nos vagões
dos trens da CPTM.
A empresa havia entrado
com pedido de consideração no
departamento jurídico da
Emurb, que foi negado. Procurado à noite pela reportagem, o
plantão da CPTM disse não ter
como informar o posicionamento da empresa.
A mesma proibição sobre o
metrô, que em parte do percurso sobe à superfície, chegou a
ser debatida na reunião de ontem, mas foi retirada de pauta.
Em outra decisão, a CPPU
considerou ilegal a logomarca e
o letreiro da gráfica da editora
Abril na marginal Tietê. Como
a votação terminou em empate
de 3 a 3 (o voto de minerva foi
do secretário de Habitação, Elton Zacarias), a empresa deve
pedir reconsideração.
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