São Paulo, quinta-feira, 25 de outubro de 2007

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Comissão aprova revitalização da Liberdade

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A recém-formada CPPU (Comissão de Proteção da Paisagem Urbana), uma espécie de órgão deliberativo da Lei Cidade Limpa, aprovou ontem o projeto com vistas à revitalização e à modernização da Liberdade (região central).
A primeira fase da proposta, patrocinada pela iniciativa privada, deve ser concluída em junho de 2008, em alusão aos cem anos da imigração nipônica no Brasil.
Segundo Regina Monteiro, diretora da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), membro da CPPU e mentora da Cidade Limpa, a comissão aprovou ontem a "intervenção visual" e os "conceitos" para modificação das fachadas da Liberdade. Entre outras requisitos, Monteiro exigiu a aprovação dos proprietários de imóveis do bairro, o que foi conseguido pelos autores do projeto.
"As pessoas ainda têm muito medo de mudanças", diz. Outra orientação foi harmonizar elementos de três correntes migratórias hoje presentes na região: japoneses, chineses e coreanos. "Os japoneses não queriam dragões, é complicado."
"Está tudo pronto", comemora o autor do projeto, Márcio Lupion, doutor em arquitetura simbólica.
Um dos pontos altos da nova Liberdade é a criação de hologramas e vitrines eletrônicas. "A conta não será o tamanho das fachadas, mas o tempo de exposição", diz Monteiro.
Ao ser concluída, a remodelação da Liberdade será o primeiro projeto coletivo de urbanismo em São Paulo depois da Lei Cidade Limpa.
Em outra discussão polêmica votada ontem, a comissão da prefeitura decidiu proibir a propaganda externa nos vagões dos trens da CPTM.
A empresa havia entrado com pedido de consideração no departamento jurídico da Emurb, que foi negado. Procurado à noite pela reportagem, o plantão da CPTM disse não ter como informar o posicionamento da empresa.
A mesma proibição sobre o metrô, que em parte do percurso sobe à superfície, chegou a ser debatida na reunião de ontem, mas foi retirada de pauta.
Em outra decisão, a CPPU considerou ilegal a logomarca e o letreiro da gráfica da editora Abril na marginal Tietê. Como a votação terminou em empate de 3 a 3 (o voto de minerva foi do secretário de Habitação, Elton Zacarias), a empresa deve pedir reconsideração.


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