São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2008

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MINAS GERAIS

Família reconhece união gay de vítima de acidente da TAM

RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA

Nesta semana, o companheiro de um cabeleireiro que morreu no acidente com o Airbus da TAM em Congonhas (SP), em julho do ano passado, conseguiu fazer com que a família da vítima reconhecesse a união estável entre os dois.
Após o reconhecimento, ele abriu mão dos 50% da herança que lhe caberia. "Ele estava mais interessado no reconhecimento da união, por isso abriu mão dos bens. Era mais uma questão moral", disse a advogada de Édson Flávio Nunes, Alessandra Gonzaga.
Nunes e Renato Soares -vítima do acidente- moravam juntos desde 2002. Segundo a advogada de Nunes, o relacionamento entre os dois começou em 2001, mas a família de Soares, "não aceitava a situação".
Com a morte de Soares, seus familiares iniciaram o inventário e bloquearam seus bens. Por isso, Nunes acionou a Justiça pedindo o reconhecimento de união estável entre os dois para ter acesso a 50% da herança de Soares -que consiste em um carro e valores de dinheiro em bancos.
Em junho deste ano, segundo a advogada, Nunes obteve, por meio de liminar, o direito de receber um terço da indenização paga aos familiares das vítimas do acidente. Os outros dois terços foram pagos à mãe e aos irmãos de Soares. Ele apresentou à Justiça provas de que os dois viveram juntos. A advogada não quis revelar o valor recebido por seu cliente.


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