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MINAS GERAIS
Família reconhece união gay de vítima de acidente da TAM
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
Nesta semana, o companheiro de um cabeleireiro
que morreu no acidente com
o Airbus da TAM em Congonhas (SP), em julho do ano
passado, conseguiu fazer
com que a família da vítima
reconhecesse a união estável
entre os dois.
Após o reconhecimento,
ele abriu mão dos 50% da herança que lhe caberia. "Ele
estava mais interessado no
reconhecimento da união,
por isso abriu mão dos bens.
Era mais uma questão moral", disse a advogada de Édson Flávio Nunes, Alessandra Gonzaga.
Nunes e Renato Soares
-vítima do acidente- moravam juntos desde 2002. Segundo a advogada de Nunes,
o relacionamento entre os
dois começou em 2001, mas
a família de Soares, "não
aceitava a situação".
Com a morte de Soares,
seus familiares iniciaram o
inventário e bloquearam
seus bens. Por isso, Nunes
acionou a Justiça pedindo o
reconhecimento de união estável entre os dois para ter
acesso a 50% da herança de
Soares -que consiste em um
carro e valores de dinheiro
em bancos.
Em junho deste ano, segundo a advogada, Nunes obteve, por meio de liminar, o
direito de receber um terço
da indenização paga aos familiares das vítimas do acidente. Os outros dois terços
foram pagos à mãe e aos irmãos de Soares. Ele apresentou à Justiça provas de que
os dois viveram juntos. A advogada não quis revelar o valor recebido por seu cliente.
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