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Clientes sofrem arrastão em sushi na Vila Madalena
Ladrões invadiram restaurante na rua Inácio Pereira da Rocha e levaram celulares e dinheiro; região vive onda de furtos e assaltos
TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Clientes de um restaurante
na Vila Madalena foram vítimas de um arrastão na noite de
quinta-feira. Segundo a polícia,
dois homens e duas mulheres
-uma delas menor de idade-
entraram no restaurante Kinday Sushi & Pasta, na rua Inácio Pereira da Rocha, e levaram
R$ 928 em dinheiro e 14 telefones celulares dos clientes.
A região da Vila Madalena e
de Pinheiros, na zona oeste,
tem enfrentado uma onda de
roubos e furtos que, de janeiro
até anteontem, atingiu pelo
menos 16 estabelecimentos comerciais, 12 deles desde agosto.
Uma das vítimas do arrastão
de anteontem, a publicitária
Cláudia Daniela da Silva, 29,
conta que a ação demorou no
máximo cinco minutos. "Eu estava na parte de trás com um
amigo e a gente escutou uma
gritaria. Primeiro, achei que
fosse uma briga. Quando percebemos, era um assalto", disse.
Os assaltantes fugiram, mas,
segundo policiais, uma testemunha os viu entrando em um
ônibus na rua Cardeal Arcoverde e avisou a polícia, que os
abordou algumas ruas depois.
O autônomo Fernando Abi
Rachid, 23, o desempregado
Fernando de Paiva Lima, 24, a
estudante Flora Silva Braga, 19,
e uma jovem de 16 anos estavam com os pertences das vítimas e foram reconhecidos por
testemunhas, segundo a polícia. Investigadores afirmam
que eles não têm advogado.
Outros casos
O ponto com o maior número de assaltos e furtos na região
é a rua Teodoro Sampaio, segundo os comerciantes. Dos 16
casos, dez aconteceram lá.
"Trabalho há 20 anos aqui,
mas agora roubo de loja está
um inferno", conta o gerente da
loja LM móveis, que fica na rua
Teodoro Sampaio e foi assaltada duas vezes em seis meses, a
última há 15 dias.
O delegado Francisco Missaci, do 14º DP, que abrange os
dois bairros, afirmou, por meio
da assessoria da Secretaria da
Segurança Pública, que há 20
dias, o policiamento foi reforçado na ruas Teodoro Sampaio
e Cardeal Arcoverde.
Na praça Benedito Calixto,
que fica entre as duas ruas, pelo
menos dois estabelecimentos
foram furtados. No local, também são comuns relatos de furtos de carros. "Carro aqui não
dá para deixar. Está cada vez
mais perigoso", diz o porteiro
José Oliveira, 33.
Na rua João Moura, quase esquina com a rua Cardeal Arcoverde, uma gráfica teve computadores e impressoras roubados no começo do ano. Um escritório também foi invadido
durante a madrugada. Um estacionamento, que foi assaltado
outras duas vezes, teve, há nove
dias, um carro levado por homens armados.
"O problema é que aqui não
tem policiamento. Na estrada
do Campo Limpo [zona sul],
onde eu moro, tem mais polícia
que aqui", afirma a atendente
de banca Ilma da Conceição,
46, assaltada duas vezes.
Segundo o Mapa do Crime,
publicado em agosto pela Folha, no primeiro trimestre deste ano houve 1.147 furtos, 499
roubos e 589 furtos de veículos
na região do 14º DP.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o número de
roubos na região do 14º DP em
setembro deste ano foi 10,74%
menor do que em setembro de
2007. Apesar disso, a secretaria
afirma que, neste mês, as polícias Civil e Militar se reuniram
com o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) e com
a associação comercial da área
para falar sobre segurança.
Colaborou o "Agora"
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