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DESLIZAMENTO
Defesa Civil e Bombeiros dão 18 pessoas como desaparecidas no acidente ocorrido no porto fluvial
Encerradas buscas de corpos em Manaus
JAIRO MARQUES
da Agência Folha
Com 18 pessoas dadas como desaparecidas, a Defesa Civil e o
Corpo de Bombeiros encerraram
ontem as buscas por vítimas do
desmoronamento de um barranco ocorrido no porto do Cordeiro,
em Manaus, no início da semana
passada. Aproximadamente 12
balsas, cinco barcos, carros, caminhões e cargas de todos os tipos
foram soterrados no acidente.
Durante nove dias, as equipes
de resgate encontraram seis corpos em balsas e barcos encontrados no fundo do rio Negro. Segundo o coronel Vivaldo Barreto,
da Defesa Civil, não há mais condições para encontrar novas vítimas. "Os mergulhadores fizeram
tudo o que foi possível", afirmou.
Uma balsa e três barcos ainda estão no fundo do rio.
Técnicos da Urbam (Empresa
Municipal de Urbanização) informaram que uma área mal-aterrada pode ter sido a causa do desmoronamento do barranco, que
tinha 200m de largura por 10m de
altura.
Geólogos da CPRM (Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais), bombeiros, membros da
Urbam e da Prefeitura de Manaus
estão mapeando toda a orla fluvial de Manaus para localizar os
pontos com risco iminente de desabamento.
As instalações do porto pertencem à empresa Navecim Navegação S.A., do deputado federal
Idelfonso Cordeiro (PFL-AC), segundo a prefeitura. Elas teriam sido alugadas para dois empresários, Pedro Nonato Silva e Demétrios Salles. O deputado não atendeu aos telefonemas da Agência
Folha e os empresários não foram
localizados.
O porto do Cordeiro servia como ancoradouro para embarcações de médio e grande porte que
transportavam mercadorias entre
as cidades do Amazonas.
O vereador Marco Antônio
Souza Ribeiro da Costa (PPB-AM) pediu ao Ministério Público
que investigasse os responsáveis
pelo acidente, mas até o começo
da noite de ontem o órgão não tinha definido nenhum procedimento.
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