São Paulo, Quinta-feira, 25 de Novembro de 1999


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DESLIZAMENTO
Defesa Civil e Bombeiros dão 18 pessoas como desaparecidas no acidente ocorrido no porto fluvial
Encerradas buscas de corpos em Manaus

JAIRO MARQUES
da Agência Folha

Com 18 pessoas dadas como desaparecidas, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros encerraram ontem as buscas por vítimas do desmoronamento de um barranco ocorrido no porto do Cordeiro, em Manaus, no início da semana passada. Aproximadamente 12 balsas, cinco barcos, carros, caminhões e cargas de todos os tipos foram soterrados no acidente.
Durante nove dias, as equipes de resgate encontraram seis corpos em balsas e barcos encontrados no fundo do rio Negro. Segundo o coronel Vivaldo Barreto, da Defesa Civil, não há mais condições para encontrar novas vítimas. "Os mergulhadores fizeram tudo o que foi possível", afirmou. Uma balsa e três barcos ainda estão no fundo do rio.
Técnicos da Urbam (Empresa Municipal de Urbanização) informaram que uma área mal-aterrada pode ter sido a causa do desmoronamento do barranco, que tinha 200m de largura por 10m de altura.
Geólogos da CPRM (Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais), bombeiros, membros da Urbam e da Prefeitura de Manaus estão mapeando toda a orla fluvial de Manaus para localizar os pontos com risco iminente de desabamento.
As instalações do porto pertencem à empresa Navecim Navegação S.A., do deputado federal Idelfonso Cordeiro (PFL-AC), segundo a prefeitura. Elas teriam sido alugadas para dois empresários, Pedro Nonato Silva e Demétrios Salles. O deputado não atendeu aos telefonemas da Agência Folha e os empresários não foram localizados.
O porto do Cordeiro servia como ancoradouro para embarcações de médio e grande porte que transportavam mercadorias entre as cidades do Amazonas.
O vereador Marco Antônio Souza Ribeiro da Costa (PPB-AM) pediu ao Ministério Público que investigasse os responsáveis pelo acidente, mas até o começo da noite de ontem o órgão não tinha definido nenhum procedimento.


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