São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002

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VESTIBULAR

Índice de abstenção da primeira fase ficou dentro da média (2,93%); 30,7% dos candidatos vieram da escola pública

Evolução é tema central de teste da Unicamp

ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS

O tema central da prova da primeira fase do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), realizada ontem, foi a evolução. Desde 99, a universidade adota em seu processo seletivo um assunto geral que perpassa as 12 questões dissertativas e as propostas de redação do exame. Neste ano, 46.492 candidatos concorrem a 2.574 vagas em 54 cursos.
O índice de abstenção foi de 2,93%, dentro da média de anos anteriores. Em Brasília (8,22%) e no Rio de Janeiro (6,5%), foram registrados os maiores índices de não-comparecimento à prova.
Segundo a Unicamp, 30,7% dos inscritos para o vestibular vieram da rede pública de ensino médio. A expectativa é que esse mesmo percentual entre na universidade.
A primeira questão da prova, referente à disciplina de história, abordou a teoria da evolução das espécies do cientista Charles Darwin. A última pergunta do exame questionou os alunos sobre o aumento da concentração do gás carbônico (CO2) na atmosfera.
Segundo o coordenador-executivo da Convest (comissão responsável pelo processo seletivo), Leandro Tessler, o modelo temático é utilizado pela Unicamp para que o candidato possa compreender a relação existente entre as diversas disciplinas e estimular a correlação entre elas.
A estudante Marina Dutra dos Anjos, 17, concorrente a uma vaga em engenharia de alimentos, disse que usou as dados fornecidos na primeira questão para resolver a quarta pergunta, relativa à disciplina de biologia e que também tratava da evolução das espécies.
A segunda e a quarta questões, segundo Tessler, poderiam ser respondidas com dados fornecidos no texto de introdução da pergunta. A questão de número dois, por exemplo, perguntava no item "a" quais eram as características do absolutismo monárquico e o texto de introdução informava que "o poder real é absoluto".
Para Nicolau Marmo, coordenador-geral do Curso Anglo, a primeira fase da Unicamp se preocupa em saber se o candidato está apto a processar informações e relacionar idéias. Na segunda etapa é que serão analisadas a formação geral e as habilidades específicas exigidas por cada curso. "A prova deste ano não foi mais fácil nem mais difícil", avaliou.
Diferentemente da prova de primeira fase da Fuvest, feita na semana anterior, a Unicamp utiliza questões dissertativas em vez de múltipla escolha em seu exame.
O estudante Gustavo Milani, 18, que concorre a uma vaga em ciências sociais em ambas as instituições, disse que considerou a prova da Unicamp mais fácil. "O estudante consegue colocar no papel o que sabe e não não há tanta pressão de tempo", afirmou.
Como nos demais anos, a banca examinadora ofereceu três opções de temas de redação. Para cada proposta havia uma estrutura de texto diferente: uma dissertação, uma narrativa ou uma carta.
A coletânea de textos da redação, que obedeceram ao tema central da prova, e o restante da prova estão disponíveis no site www.convest.unicamp.br.
Confira a correção da prova da Unicamp na www.folha.com.br/fovest


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