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VESTIBULAR
Índice de abstenção da primeira fase ficou dentro da média (2,93%); 30,7% dos candidatos vieram da escola pública
Evolução é tema central de teste da Unicamp
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS
O tema central da prova da primeira fase do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas), realizada ontem, foi a
evolução. Desde 99, a universidade adota em seu processo seletivo
um assunto geral que perpassa as
12 questões dissertativas e as propostas de redação do exame. Neste ano, 46.492 candidatos concorrem a 2.574 vagas em 54 cursos.
O índice de abstenção foi de
2,93%, dentro da média de anos
anteriores. Em Brasília (8,22%) e
no Rio de Janeiro (6,5%), foram
registrados os maiores índices de
não-comparecimento à prova.
Segundo a Unicamp, 30,7% dos
inscritos para o vestibular vieram
da rede pública de ensino médio.
A expectativa é que esse mesmo
percentual entre na universidade.
A primeira questão da prova,
referente à disciplina de história,
abordou a teoria da evolução das
espécies do cientista Charles Darwin. A última pergunta do exame
questionou os alunos sobre o aumento da concentração do gás
carbônico (CO2) na atmosfera.
Segundo o coordenador-executivo da Convest (comissão responsável pelo processo seletivo),
Leandro Tessler, o modelo temático é utilizado pela Unicamp para
que o candidato possa compreender a relação existente entre as diversas disciplinas e estimular a
correlação entre elas.
A estudante Marina Dutra dos
Anjos, 17, concorrente a uma vaga
em engenharia de alimentos, disse que usou as dados fornecidos
na primeira questão para resolver
a quarta pergunta, relativa à disciplina de biologia e que também
tratava da evolução das espécies.
A segunda e a quarta questões,
segundo Tessler, poderiam ser
respondidas com dados fornecidos no texto de introdução da
pergunta. A questão de número
dois, por exemplo, perguntava no
item "a" quais eram as características do absolutismo monárquico
e o texto de introdução informava
que "o poder real é absoluto".
Para Nicolau Marmo, coordenador-geral do Curso Anglo, a
primeira fase da Unicamp se
preocupa em saber se o candidato
está apto a processar informações
e relacionar idéias. Na segunda
etapa é que serão analisadas a formação geral e as habilidades específicas exigidas por cada curso. "A
prova deste ano não foi mais fácil
nem mais difícil", avaliou.
Diferentemente da prova de primeira fase da Fuvest, feita na semana anterior, a Unicamp utiliza
questões dissertativas em vez de
múltipla escolha em seu exame.
O estudante Gustavo Milani, 18,
que concorre a uma vaga em ciências sociais em ambas as instituições, disse que considerou a prova da Unicamp mais fácil. "O estudante consegue colocar no papel o que sabe e não não há tanta
pressão de tempo", afirmou.
Como nos demais anos, a banca
examinadora ofereceu três opções de temas de redação. Para cada proposta havia uma estrutura
de texto diferente: uma dissertação, uma narrativa ou uma carta.
A coletânea de textos da redação, que obedeceram ao tema
central da prova, e o restante da
prova estão disponíveis no site
www.convest.unicamp.br.
Confira a correção da prova da Unicamp na
www.folha.com.br/fovest
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