São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2008

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CELSO DE PAULA GARCIA (1929-2008)

O radialista esportivo que garimpou Zico

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A prática de narrar futebol de botão revelou a Celso Garcia o jeito para o radialismo. E o olhar clínico que adquiriu para o futebol presenteou torcidas com um craque.
Natural de Lorena (SP), mudou-se criança para Belo Horizonte (MG). Só que a carreira não começou lá. "Enquanto todo mundo ia ao Rio conhecer o mar, ele foi conhecer o Flamengo", brinca a neta. Nos anos 60, no Rio, começou na Rádio Continental, como repórter.
Foi na Rádio Globo, porém, que começou na área esportiva -na emissora, aposentou-se nos anos 90. Ficou conhecido como o Garoto do Placar. Teve também passagem pela Rádio Tupi, quando cobriu a Copa do Mundo de 1978 -ao longo da carreira, cobriu seis copas.
Chegou também a ser professor de radiojornalismo de uma universidade do Rio.
Sua maior contribuição para o futebol brasileiro foi ter percebido o valor de um moleque de nove, dez anos que jogava perto de sua casa.
Uns quatro anos depois, levou o menino de apelido Zico para o Flamengo. "Celso vivia em casa. Adorava o pastel da minha mãe", lembra Fernando, irmão do jogador.
Zico, que estava no Uzbequistão quando o amigo morreu, chamou-o em seu site de "a pessoa mais importante" de sua história esportiva. "Foi o maior rubro-negro que conheci", escreveu.
Em 1997, Celso perdeu um filho com leucemia. Anteontem, morreu aos 79, no Rio, após sofrer uma parada cardíaca. Teve dois filhos e quatro netos. Deixa viúva.

obituario@grupofolha.com.br



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