São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 2005

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ESPORTE A GUINCHO

Surfista atravessa arrebentação e faz manobras puxado por jet-ski

Surfe a reboque invade Maresias

DA ENVIADA ESPECIAL A SÃO SEBASTIÃO

As ondas fortes que o mar de Maresias (litoral norte de São Paulo) exibiu na última quinta-feira atraíram um grupo de surfistas que viajou à praia só para praticar uma atividade que vem ganhando cada vez mais adeptos no litoral paulista: o surf a reboque. Trata-se da união do jet-ski com a prancha. Por meio de um cabo, o piloto do jet-ski puxa o surfista até ambos passarem a arrebentação. A partir daí, o surfista fica em pé na prancha e começam as acrobacias, que lembram o esqui aquático.
A prática desse esporte, que surgiu no Havaí, ganhou até uma associação em Maresias, em dezembro deste ano, devido à popularidade que vem ganhando. "Eu pratico surf a reboque em Maresias há uns três anos, que foi quando isso começou a ser feito por aqui. No último ano, aumentou muito o número de pessoas que a gente vê fazendo o mesmo", conta o dentista Eduardo Ramos, 42, um dos fundadores da associação. Ele comprou um jet-ski em parceria com um amigo só para praticar o esporte.
Ramos e os amigos monitoram por meio de sites a altura das ondas na região, para saber em que época devem ir à praia. Pegam a estrada quando vêem que as ondas terão mais de 2 m de altura, o que garante que surfistas "normais", que remam com os braços para adentrar o mar, não estejam no local. "O principal é que o mar esteja vazio, ou podem ocorrer acidentes", diz Ramos.
Embora pareça mais prático, já que dispensa as remadas, o surf a reboque é arriscado, pois o surfista entra nas ondas com uma velocidade muito superior à que conseguiria do jeito tradicional e depende da experiência do piloto para não se machucar nas manobras. "O jet-ski te dá uma "estilingada'", explica o advogado Rodrigo Zulian, 34, que ontem mal conseguiu surfar, pois havia levado à praia uma prancha normal. Para o surf a reboque, é necessário usar uma prancha específica, com duas tiras nas quais os pés ficam presos.
Os membros da associação receberam cursos do Corpo de Bombeiros para fazer salvamento e primeiros socorros, conta o advogado e surfista Eduardo Guimarães, 35. (AMARÍLIS LAGE)


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