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ESPORTE A GUINCHO
Surfista atravessa arrebentação e faz manobras puxado por jet-ski
Surfe a reboque invade Maresias
DA ENVIADA ESPECIAL A SÃO SEBASTIÃO
As ondas fortes que o mar de
Maresias (litoral norte de São
Paulo) exibiu na última quinta-feira atraíram um grupo de surfistas que viajou à praia só para
praticar uma atividade que vem
ganhando cada vez mais adeptos
no litoral paulista: o surf a reboque. Trata-se da união do jet-ski
com a prancha. Por meio de um
cabo, o piloto do jet-ski puxa o
surfista até ambos passarem a arrebentação. A partir daí, o surfista fica em pé na prancha e começam as acrobacias, que lembram
o esqui aquático.
A prática desse esporte, que
surgiu no Havaí, ganhou até
uma associação em Maresias, em
dezembro deste ano, devido à
popularidade que vem ganhando. "Eu pratico surf a reboque
em Maresias há uns três anos,
que foi quando isso começou a
ser feito por aqui. No último ano,
aumentou muito o número de
pessoas que a gente vê fazendo o
mesmo", conta o dentista Eduardo Ramos, 42, um dos fundadores da associação. Ele comprou
um jet-ski em parceria com um
amigo só para praticar o esporte.
Ramos e os amigos monitoram
por meio de sites a altura das ondas na região, para saber em que
época devem ir à praia. Pegam a
estrada quando vêem que as ondas terão mais de 2 m de altura, o
que garante que surfistas "normais", que remam com os braços para adentrar o mar, não estejam no local. "O principal é que
o mar esteja vazio, ou podem
ocorrer acidentes", diz Ramos.
Embora pareça mais prático, já
que dispensa as remadas, o surf a
reboque é arriscado, pois o surfista entra nas ondas com uma
velocidade muito superior à que
conseguiria do jeito tradicional e
depende da experiência do piloto para não se machucar nas manobras. "O jet-ski te dá uma "estilingada'", explica o advogado
Rodrigo Zulian, 34, que ontem
mal conseguiu surfar, pois havia
levado à praia uma prancha normal. Para o surf a reboque, é necessário usar uma prancha específica, com duas tiras nas quais
os pés ficam presos.
Os membros da associação receberam cursos do Corpo de
Bombeiros para fazer salvamento e primeiros socorros, conta o
advogado e surfista Eduardo
Guimarães, 35.
(AMARÍLIS LAGE)
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