FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma nova técnica de cirurgia plástica para rejuvenescimento facial, chamada frontoplastia endoscópica, deixa cicatrizes menores e causa menos dores no paciente no período pós-operatório.
Pelo método convencional, o cirurgião faz um corte coronal (como uma coroa), cerca de 4 cm atrás da linha do cabelo, e segue de uma orelha até a outra.
Pela técnica endoscópica, o paciente recebe na cabeça quatro ou cinco pequenas incisões, de aproximadamente 1 cm, que podem ser feitas no couro cabeludo, sem deixar cicatrizes aparentes.
A cirurgia é indicada para pessoas na faixa dos 40 anos e busca minimizar os efeitos do envelhecimento. "A frontoplastia corrige sobrancelhas caídas, diminui rugas na testa e melhora as linhas de expressão, que fazem a pessoa apresentar uma aparência cansada", explica José Antônio Patrocínio, otorrinolaringologista e presidente da Sociedade Brasileira de Rinologia e Plástica Facial.
Segundo a cirurgiã-plástica Loriti Breuel, a técnica que usa o endoscópio também é indicada para homens e mulheres com problemas de calvície. "Para essas pessoas, esse método é bárbaro, por não deixar cicatrizes evidentes. É muito melhor. Poderia dizer que os resultados são como se a pessoa tivesse feito um botox definitivo", afirma Patrocínio.

Envelhecimento
Os primeiros sinais do envelhecimento começam a aparecer por volta dos 40 anos. Segundo José Eduardo Dolci, médico otorrinolaringologista que trabalha com a técnica, os músculos ficam flácidos e começam a ceder por conta do efeito da gravidade.
Durante a cirurgia, um descolador (aparelho cirúrgico) é introduzido na paciente por meio de uma das incisões laterais, e os músculos e pele são descolados do osso. O procedimento é feito por meio de um endoscópio -pequeno aparelho cirúrgico que tem uma câmera na ponta.
Com a técnica clássica, o paciente pode apresentar um certo desconforto no local do corte. É recomendado manter a cabeça sempre erguida e dormir com almofadas para ajudar a diminuir a inflamação. É normal também que a pessoa sinta uma dormência na região e fique com hematomas por alguns dias.
Há riscos mínimos (menos de 1%) de complicações durante o procedimento. Uma delas é a lesão do nervo que controla as sobrancelhas. Nesses casos, é preciso uma nova cirurgia para corrigir o problema. Episódios infecciosos e de sangramento são muito raros, segundo os especialistas.