São Paulo, sábado, 26 de janeiro de 2002

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Polícia Federal não retira nada do apartamento em Santo André

DA REPORTAGEM LOCAL

Na operação de busca e apreensão feita anteontem em Santo André pela Polícia Federal, nada foi retirado do apartamento do prefeito assassinado Celso Daniel, segundo o secretário de Governo da cidade, Gilberto Carvalho. O secretário esteve no imóvel durante a operação, que, segundo ele, acabou sendo suspensa.
A interrupção da busca foi acertada com a Polícia Federal pelo deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), para quem a operação não poderia ter começado sem que alguém da família acompanhasse a inspeção, e pelo secretário de Governo.
"Eles [os policias federais" saíram com o que tinham levado: um notebook e uma impressora, que usaram para tomar o depoimento do porteiro do prédio, na cozinha da casa de Celso Daniel", disse o secretário.
Segundo o delegado Gilberto Tadeu Vieira Cézar, porta-voz da Polícia Federal, a busca no apartamento foi feita com o objetivo de apurar informações quanto à roupa que o prefeito usava quando foi encontrado morto.
Ele disse que a busca no apartamento foi concluída porque o delegado que comandava a operação "estava satisfeito".
As roupas que o prefeito vestia quando morreu -calça jeans, moletom e camisa-, seriam apresentadas ontem à empregada de Celso Daniel, para que ela tentasse identificá-las.
A apuração envolve o fato de a fita do sistema de segurança do restaurante onde o prefeito jantou com o amigo Sérgio Gomes da Silva, antes de ser sequestrado, mostrar que ele usava calça bege.
A polícia não revela, mas tenta saber se os sequestradores passaram no apartamento de Daniel antes de matá-lo.


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