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VIOLÊNCIA
Quadrilha especializada em roubo de carros tentou furar bloqueio na Bandeirantes, em Jundiaí (SP), e houve tiroteio; outros 4 foram presos
Após perseguição, polícia mata 5 em rodovia
CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Cinco integrantes de uma quadrilha especializada em roubos de
carros e sequestros relâmpago de
Campinas foram mortos e outros
quatro, presos pela Polícia Rodoviária após perseguição seguida
de tiroteio na rodovia dos Bandeirantes, próximo a Jundiaí (SP),
anteontem à noite.
O cerco aos criminosos, todos
da região do Jardim Centenário,
periferia de Campinas, aconteceu
por volta das 21h20. Os homens
furaram um bloqueio policial no
km 75 da rodovia, no sentido interior-capital, com dois veículos
roubados -um Fiat Brava e uma
Parati.
A passagem dos carros já era esperada pela Polícia Rodoviária,
que havia recebido um telefonema indicando que ladrões de carga passariam pela Bandeirantes
com sentido a São Paulo.
Foram quase três quilômetros
de perseguição, até que os suspeitos acabaram sendo parados em
outro bloqueio, no km 73. A Parati, ocupada por quatro homens,
capotou e o Fiat, com cinco homens, bateu em uma defensa.
Os ocupantes dos veículos saíram atirando contra a polícia, que
matou cinco -três adolescentes.
Os quatro criminosos presos,
Fabiano Almeida da Silva, o Índio, 21, Fábio Herculano, 23,
Wanderlei Amorim dos Santos,
21, e Wagner Adriano Custódio,
22, foram encaminhados ontem
para prisões de São Paulo.
Eles confirmaram à polícia que
haviam roubado os carros que
ocupavam em Campinas e fariam
a entrega em São Paulo.
"O delegado-geral entendeu
que era temerário mantê-los na
cadeia de Jundiaí, pois eles são
considerados perigosos e resgates
poderiam ser tentados", disse o
delegado seccional de Jundiaí, Júlio Cesar Ribeiro de Campos.
Com os criminosos, a polícia
apreendeu dez armas e um colete
da PM. Os mortos na ação foram
Carlos Cesar Vicente do Valle, 21,
Celso Valle Roque, 17, Paulo
Eduardo da Cruz, 20, Thiago Aparecido Maximiliano, 17, e Luís
Gustavo Lucena, 17.
Os familiares manifestaram revolta contra a ação da polícia.
"Meu filho foi morto com seis tiros de fuzil. Foi um absurdo. Eles
não eram esses criminosos que
estão dizendo", disse uma mãe,
que não se identificou.
Segundo o delegado seccional
de Jundiaí, porém, a Polícia Civil
esteve na Bandeirantes logo após
o término da perseguição e não
acredita em assassinato.
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