São Paulo, segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

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Bairro receberá relíquia de Anchieta

DA REPORTAGEM LOCAL

Voltou ontem à cidade de São Paulo a relíquia do padre José de Anchieta (1534-1597) -um fragmento de seu fêmur esquerdo-, que passou por 13 cidades do litoral paulista onde o padre trabalhou como evangelizador.
Mas a peça não ficará guardada. Ontem mesmo continuou a peregrinação, agora pelas seis regiões episcopais da Arquidiocese de São Paulo (Belém, Brasilândia, Lapa, Santana, Sé e Ipiranga).
No segundo semestre, o trajeto terá três dioceses da cidade (Campo Limpo, São Miguel Paulista e Santo Amaro) e a Grande São Paulo. A Canan (Associação Pró-Canonização de Anchieta) quer incluir outros Estados em 2005.
O objetivo é divulgar o nome do beato e mostrá-lo como exemplo a ser seguido. "Queremos trazer o apóstolo e amigo Anchieta o mais próximo possível das pessoas", diz o padre Cesar Augusto dos Santos, 58, presidente da Canan.
No país há quatro relíquias oficiais de Anchieta: duas em São Paulo (com a Canan e no Pátio do Colégio), uma em Anchieta (ES), onde o padre morreu, e outra em Indaiatuba (SP), onde a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) faz encontros.
O fragmento de fêmur pode ajudar a encontrar um milagre atribuído a Anchieta.
A Igreja Católica trabalha atualmente com seis possibilidades de milagres do padre; se um for comprovado, o beato será canonizado e se tornará santo.
Segundo o padre Santos, também vice-postulador da causa de canonização do jesuíta, "são pessoas enfermas, vivendo situação difícil, e, com seus amigos, pedindo intervenção do padre Anchieta. Algumas já estão em coma".
Segundo o padre Cesar, são dois os principais documentos exigidos pelo Vaticano para que um milagre seja comprovado: a declaração de um médico afirmando que a doença é incurável e outra confirmando que houve uma cura cientificamente inexplicável.



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