São Paulo, segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

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Coordenador de pós da USP contesta conclusão de pesquisa

DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisadores consultados pela reportagem discordaram da conclusão do estudo do Ibmec e defenderam o aumento de recursos para a educação.
Uma das críticas é que o trabalho capta apenas as políticas em andamento e desconsidera ações necessárias que ainda não foram implementadas.
O coordenador da pós-graduação em educação da USP, Romualdo Portela, cita como exemplo a necessidade de o país atrair os jovens mais bem preparados do ensino médio para o magistério.
"A atratividade implica em maiores gastos, tanto presentes quanto futuros, pois será necessária mudança nos planos de carreira para possibilitar a retenção dos bons profissionais no futuro", afirmou.
"Isso não é captado por este tipo de estudo, que usa dados de uma situação atual e saca conclusões com alcance limitado", completou.
Trabalho feito no ano passado pela pesquisadora Paula Louzano, a pedido da Fundação Lemann e do Instituto Futuro Brasil, apontou que apenas 5% dos jovens com as melhores notas no Enem escolhem o magistério como carreira.
Ex-diretor do Inep (instituto de pesquisas do MEC) e professor da USP de Ribeirão Preto, José Marcelino Rezende Pinto disse que "até uma porta sabe que dinheiro faz diferença, mas tem de ser um gasto significativo, como a rede federal".
Ele refere-se aos Cefets, escolas que estão entre as mais bem avaliadas nos rankings do Enem e chegam a ter um custo por aluno quatro vezes maior que o restante da rede pública.
Já a Secretaria Municipal da Educação de Barueri (SP) -apontada como uma rede que investe bastante, mas não está entre os melhores resultados na Prova Brasil- afirmou que "o investimento na educação sem dúvida qualifica o rendimento dos alunos, porém, os resultados requerem tempo de implantação, consolidação e, então, de resultado". (FT)


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