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Coordenador de pós da USP contesta conclusão de pesquisa
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisadores consultados
pela reportagem discordaram
da conclusão do estudo do Ibmec e defenderam o aumento
de recursos para a educação.
Uma das críticas é que o trabalho capta apenas as políticas
em andamento e desconsidera
ações necessárias que ainda
não foram implementadas.
O coordenador da pós-graduação em educação da USP,
Romualdo Portela, cita como
exemplo a necessidade de o
país atrair os jovens mais bem
preparados do ensino médio
para o magistério.
"A atratividade implica em
maiores gastos, tanto presentes
quanto futuros, pois será necessária mudança nos planos
de carreira para possibilitar a
retenção dos bons profissionais
no futuro", afirmou.
"Isso não é captado por este
tipo de estudo, que usa dados
de uma situação atual e saca
conclusões com alcance limitado", completou.
Trabalho feito no ano passado pela pesquisadora Paula
Louzano, a pedido da Fundação
Lemann e do Instituto Futuro
Brasil, apontou que apenas 5%
dos jovens com as melhores notas no Enem escolhem o magistério como carreira.
Ex-diretor do Inep (instituto
de pesquisas do MEC) e professor da USP de Ribeirão Preto,
José Marcelino Rezende Pinto
disse que "até uma porta sabe
que dinheiro faz diferença, mas
tem de ser um gasto significativo, como a rede federal".
Ele refere-se aos Cefets, escolas que estão entre as mais
bem avaliadas nos rankings do
Enem e chegam a ter um custo
por aluno quatro vezes maior
que o restante da rede pública.
Já a Secretaria Municipal da
Educação de Barueri (SP)
-apontada como uma rede que
investe bastante, mas não está
entre os melhores resultados
na Prova Brasil- afirmou que
"o investimento na educação
sem dúvida qualifica o rendimento dos alunos, porém, os
resultados requerem tempo de
implantação, consolidação e,
então, de resultado".
(FT)
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