|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEFONES
Presidente da ex-Telesp culpa esforço para ampliar planta telefônica em São Paulo para justificar reclamações
Telefônica reconhece "perda de qualidade'
FERNANDO GODINHO
da Sucursal de Brasília
O presidente da Empresa Telefônica (ex-Telesp), Fernando Xavier
Ferreira, reconheceu ontem uma
"perda momentânea da qualidade" nos serviços por causa do esforço que está sendo feito para aumentar a planta telefônica em todo o Estado de São Paulo.
Conforme reportagem publicada ontem pela Folha, as reclamações contra a Telefônica na Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) cresceram sete vezes nos
últimos quatro meses.
A empresa foi assumida pelo
grupo privado Telefónica de España em agosto passado, e parte dos
seus indicadores de qualidade está
abaixo das metas da Anatel.
Ferreira disse que a capacidade
da Telefônica para instalar novas
linhas era de 50 mil unidades em
setembro do ano passado, pulando para 130 mil em dezembro e
chegando a 150 mil neste mês.
Em fevereiro, serão instaladas
200 mil novas linhas. Para todo este ano, a Telefônica prevê a instalação de 2 milhões de novas linhas.
"Ao fazer esse esforço, ocorre
uma perda momentânea de qualidade. É como uma estrada que vai
ser duplicada. O tráfego fica ruim
por um tempo, mas a situação fica
bem melhor no futuro", afirmou
Xavier Ferreira.
Ferreira já tem pronta a explicação que dará à Anatel sobre o fato
de a Telefônica não estar fornecendo, por 60 dias, a gravação que
informa a troca de número dos assinantes residenciais -o serviço
está disponível por até 30 dias.
A troca ocorre porque estão sendo instaladas novas centrais destinadas à ampliação da planta. Segundo ele, a empresa não consegue interceptar ligações para informar a troca de números e, ao
mesmo tempo, priorizar a instalação de novas linhas.
Quando um assinante é religado
a uma central mais próxima do
seu endereço, o número é trocado.
A linha que vinha sendo usada por
ele passa para um novo assinante.
"A gravação que informa a troca de números não está sendo
mantida por 60 dias porque optamos por privilegiar o atendimento
ao novo usuário. Ou ficamos dois
meses interceptando as ligações
para o assinante que já existe ou
instalamos novas linhas", disse.
Ferreira disse também que a assessoria jurídica da Telefônica entende que o prazo de 60 dias só pode ser cobrado a partir do próximo dia 30 de junho.
A Anatel não se pronunciou sobre as declarações do presidente
da Telefônica. Ferreira reafirmou
que os planos de expansão vencidos (137.174, no mês passado) serão entregues até abril, o que está
de acordo com as metas da Anatel.
Sobre erros nas contas, ele disse
que a maioria das reclamações se
refere a serviços que não são prestados pela operadora (como 0900
e disque-amizade, por exemplo).
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|