FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A Prefeitura de Olinda será obrigada a cercar com tapumes três monumentos históricos erguidos em locais com grande fluxo de foliões durante o Carnaval.
A medida, que visa proteger o centro histórico da cidade, faz parte de um acordo assinado entre a prefeitura, o Ministério Público Federal e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Além da proteção aos monumentos, o acordo prevê ainda outras seis ações a serem adotadas pelo município, sob pena de multa de R$ 5.000 por item eventualmente desobedecido.
Entre as obrigações, estão o veto à instalação de qualquer tipo de decoração ou faixa nos monumentos da cidade e a definição dos locais onde poderão ser instalados palcos, sanitários, iluminação e barracas de alimentos.

Trio elétrico
Também está proibida a circulação de trios elétricos nas ladeiras do centro histórico de Olinda. A medida complementa norma baixada pela própria prefeitura, que proibiu a instalação de equipamentos de som por particulares nas ruas.
A decisão, que vem causando polêmica, visa preservar o modelo de Carnaval consagrado em Olinda, caracterizado pela multidão arrastada nas ruas por blocos e orquestras de frevo.

Abertura do Carnaval
Para reforçar essa idéia, a Megaorquestra, integrada por 350 músicos, vai invadir hoje as ladeiras da cidade e festejar a abertura oficial do Carnaval 2003.
O grupo, formado por integrantes das 27 orquestras filiadas à Associação das Orquestras de Frevo de Olinda, vai percorrer o sítio histórico sob a regência do maestro Climério Paulo de Oliveira Filho, o Merinho, homenageado deste ano na festa.
A concentração começa às 8h no largo do Amparo. Às 10h, a Megaorquestra segue em direção à prefeitura.
No repertório, estão frevos olindenses de antigos Carnavais, como "Elefante", "Pitombeira" e "Último Dia".
Neste ano, o grupo quer ser reconhecido como a maior orquestra de frevo do mundo pelo "Guinness Book", o livro dos recordes. Uma orquestra de frevo tradicional tem aproximadamente 15 músicos.


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