São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Bares da zona oeste são alvos de arrastões

Grupos armados roubam ao menos 3 estabelecimentos da Vila Madalena e Pinheiros

ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

Pelo menos três restaurantes da Vila Madalena e Pinheiros, zona oeste de São Paulo, foram alvos de arrastões de assaltantes em menos de 15 dias. O número de ocorrências pode ser maior.
O mais recente foi na noite de quarta-feira na rua Wisard, na Vila Madalena. Cinco ladrões, três deles armados, invadiram o restaurante Rothko por volta das 21h30, quando a casa estava lotada.
"Foi um baita arrastão: eles levaram bolsas, celular, dinheiro, chaves de carro, joias, tudo, tudinho. Cena de horror. Ameaçando as pessoas, gritando, mandando tirar as alianças. Muito ruim", descreve uma das vítimas.
O proprietário, que pede para não ser identificado, diz que, apesar das ameaças, o grupo não aparentava nervosismo. "Você vê na cara do sujeito que ele está lhe roubando tranquilamente, que sabe que não será pego."
A ação, segundo ele, durou ao menos 15 minutos. Uma vítima fala em meia hora. Além dos pertences de clientes, funcionários e proprietário, os ladrões levaram garrafas de vinho e uísque e até a caixa registradora.
"Me surpreendi com a Vila Madalena. Tive um boteco durante sete anos na Barra Funda, na pior quebrada de lá, e nunca aconteceu nada."

JAPONESES
Outro alvo foi o Sakkana, na Teodoro Sampaio, em Pinheiros, no dia 12. Quatro bandidos, parte armada, entraram no restaurante por volta das 23h30 e levaram tudo de clientes e funcionários.
A polícia apura se é o mesmo grupo que, duas horas depois (já no dia 13), fez a mesma coisa em outro restaurante japonês, o Kioku. O local estava quase vazio quando três homens renderam clientes e funcionários.
Os ladrões levaram tudo de clientes e empregados e até a TV LCD da parede. "Foi super rápido, mas foi meio assustador porque o restaurante é ao lado do DP [14º Pinheiros]", disse uma vítima.
O delegado titular do 14º DP -que fica a 200 metros do restaurante, na rua Deputado Lacerda Franco-, Ricardo Arantes Cestari, disse que investiga os casos, mas que há dificuldades porque as vítimas não querem ir ao DP para tentar reconhecer os suspeitos por meio de fotos.


Texto Anterior: Alunos fazem homenagem a colega morto
Próximo Texto: Violência aumenta no interior e cai nas capitais, diz pesquisa
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.