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Bares da zona oeste são alvos de arrastões
Grupos armados roubam ao menos 3 estabelecimentos da Vila Madalena e Pinheiros
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
Pelo menos três restaurantes da Vila Madalena e Pinheiros, zona oeste de São
Paulo, foram alvos de arrastões de assaltantes em menos de 15 dias. O número de
ocorrências pode ser maior.
O mais recente foi na noite
de quarta-feira na rua Wisard, na Vila Madalena. Cinco ladrões, três deles armados, invadiram o restaurante
Rothko por volta das 21h30,
quando a casa estava lotada.
"Foi um baita arrastão:
eles levaram bolsas, celular,
dinheiro, chaves de carro,
joias, tudo, tudinho. Cena de
horror. Ameaçando as pessoas, gritando, mandando tirar as alianças. Muito ruim",
descreve uma das vítimas.
O proprietário, que pede
para não ser identificado, diz
que, apesar das ameaças, o
grupo não aparentava nervosismo. "Você vê na cara do
sujeito que ele está lhe roubando tranquilamente, que
sabe que não será pego."
A ação, segundo ele, durou ao menos 15 minutos.
Uma vítima fala em meia hora. Além dos pertences de
clientes, funcionários e proprietário, os ladrões levaram
garrafas de vinho e uísque e
até a caixa registradora.
"Me surpreendi com a Vila
Madalena. Tive um boteco
durante sete anos na Barra
Funda, na pior quebrada de
lá, e nunca aconteceu nada."
JAPONESES
Outro alvo foi o Sakkana,
na Teodoro Sampaio, em Pinheiros, no dia 12. Quatro
bandidos, parte armada, entraram no restaurante por
volta das 23h30 e levaram tudo de clientes e funcionários.
A polícia apura se é o mesmo grupo que, duas horas
depois (já no dia 13), fez a
mesma coisa em outro restaurante japonês, o Kioku. O
local estava quase vazio
quando três homens renderam clientes e funcionários.
Os ladrões levaram tudo
de clientes e empregados e
até a TV LCD da parede. "Foi
super rápido, mas foi meio
assustador porque o restaurante é ao lado do DP [14º Pinheiros]", disse uma vítima.
O delegado titular do 14º
DP -que fica a 200 metros do
restaurante, na rua Deputado Lacerda Franco-, Ricardo Arantes Cestari, disse que
investiga os casos, mas que
há dificuldades porque as vítimas não querem ir ao DP
para tentar reconhecer os
suspeitos por meio de fotos.
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