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MEIO AMBIENTE
Convênio deve ser estendido
Projeto salva vida de
aves no Pantanal
da Agência Folha,
em São José do Rio Preto
Dezenas de tuiuiús deixaram de
morrer eletrocutados nos fios de
alta tensão da rede elétrica do
Pantanal, graças a um convênio
firmado entre a Universidade Federal do Mato Grosso e a Rede
Cemat (Centrais Elétricas do Mato Grosso), com supervisão do
Ministério Público Federal.
O Projeto Tuiuiú, iniciado em
caráter experimental há um ano
em duas áreas de risco no município de Poconé, consiste na substituição do fio central do sistema
trifásico de distribuição de energia por um cabo coberto e isolado, protegendo as aves de choques. O tuiuiú é considerado a
ave-símbolo do Pantanal. Tem
até 2,20 m de envergadura durante o vôo. A distância entre os fios é
de apenas um metro.
O sucesso do projeto -desde a
implantação, nenhuma ave morreu no trecho do teste, que antes
registrava 25 mortes por ano-
levou a empresa, neste mês, a estender a troca da fiação para todas as áreas alagadas do Pantanal.
Além disso, o objetivo é apresentar o método para a Aneel
(Agência Nacional de Energia
Elétrica), num congresso em junho, para que seja utilizado por
outras concessionárias.
O professor Dalci Maurício Miranda de Oliveira, 42, do Departamento de Biologia e Zoologia da
Universidade Federal do Mato
Grosso, é o coordenador do Projeto Tuiuiú. Foi ele quem alertou
o Ministério Público para a morte
das aves há três anos.
O procurador regional da República Moacir Mendes Souza fez
uma representação para que a
empresa estudasse alternativas a
fim de preservar os tuiuiús. A Rede Cemat acatou a representação
e firmou o convênio com a universidade em 1998.
A fiação de cerca de dez quilômetros da Transpantaneira foi
trocada a um custo de R$ 30 mil.
O cabo protegido é um intermediário entre o fio nu, usado na alta-tensão aérea, e o fio isolado,
usado na rede subterrânea.
(ELIANE SILVA)
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