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Revista inglesa dedica capa a SP
da Redação
Dedicada a São Paulo, a capa da
edição de março da "Wallpaper"
traz um casal fazendo compras
em um supermercado, que tem
nas prateleiras Nescau, doce-de-coco, Maizena, chocolate Garoto
e pó de guaraná.
Com uma circulação modesta
-180 mil exemplares, 3.500 no
Brasil-, a "Wallpaper" conseguiu uma repercussão impressionante ao conquistar o que eles
chamam de "affluent sophisticated global consumers" -endinheirados em busca de um estilo
de vida. À venda hoje em 43 países, a revista está esgotada na banca da praça Vilaboim, onde se
vende a R$ 22,60.
Equivalentes brasileiros desses
"affluent sophisticated..." reuniram-se na terça-feira passada no
club Lov.e, para comemorar a
edição. Na "sala supervip" do lugar, que tem paredes revestidas de
pelúcia vermelha e espelhos no teto, só entra quem recebe um carimbo na mão. Jogados nos sofás
dourados, "o povo da lista A" folheava a revista. "Ela tem tudo o
que há de mais moderno no mundo", diz Anavlis Decome, 40, que
trabalha "com o corpo energético
e físico". Anavlis, na verdade, se
chama Silvana (o mesmo nome,
de trás pra frente).
Na mesma sala, o fotógrafo Carlos Emílio, 35, que mora há oito
anos em Nova York, abre a revista. Vira mais uma página e aponta
a foto de um rapaz vestido de caubói. Na terceira página virada, ele
joga a revista no sofá. "Ai, que
preguiça..."
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