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"Fiquei 2 dias com a roupa do corpo", diz aluna
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
André São Pedro comungou na Sexta-Feira
Santa. A igreja, contudo,
era dentro da prisão Cloverhill, em Dublin. Os fiéis
ao seu lado eram irlandeses presos por assassinato,
tráfico e outros crimes.
"Estávamos expostos ao
humor dos presos, e eles
tentavam arrumar briga o
tempo todo", contou por
telefone, do apartamento
que divide com a amiga
Maria Dias em Portugal.
Maria e Thaís Tibiriçá,
que mora na Espanha, não
tinham idéia de onde André estava naquela sexta-feira. Nas 48 horas que
passou preso, André não
teve direito, segundo ele, a
nenhuma ligação telefônica. Ao pedir por um telefonema, ele ouvia do responsável pela prisão, segundo
seu relato: "Isso aqui não é
imigração, é prisão".
As amigas estavam na
cadeia Dochás Centre, a
cerca de 11 km dali. Na entrada, dizem, tiraram toda
a roupa para a revista de
praxe. "Fiquei dois dias
com a roupa do corpo. Tive
de tomar banho de chinelo, porque o banheiro era
intragável", relata Maria.
Maria e Thaís só conseguiram telefonar cerca de
24 horas depois de presas.
Ligaram para os pais no
Brasil. Eles avisaram a embaixada, que interveio para liberar os estudantes.
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