São Paulo, quinta-feira, 26 de março de 2009

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Aprovação de Kassab cai e volta ao patamar pré-eleição

Prefeito perdeu 11 pontos de ótimo/bom no levantamento do Datafolha desde novembro

Kassab agora tem aprovação de 45% dos eleitores, índice semelhante ao de antes de ultrapassar Alckmin na campanha


EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Menos de cinco meses após se eleger com 61% dos votos válidos, a popularidade do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), voltou ao nível da campanha eleitoral, quando ele tentava ir ao segundo turno.
Do fim de novembro a meados de março, a aprovação dos paulistanos à gestão Kassab caiu 11 pontos percentuais, segundo o instituto Datafolha, e voltou aos 45% do início de setembro. Na ocasião, ele tinha 18% das intenções de voto e estava tecnicamente empatado com Geraldo Alckmin (PSDB) -o tucano tinha 22% contra 40% de Marta Suplicy (PT).
No pico de sua popularidade, na semana em que venceu o primeiro turno, o prefeito obteve aprovação de 61%. Desde então, a queda foi de 16 pontos.
A avaliação do prefeito ainda é superior, por exemplo, à de março de 2008, quando Kassab tinha 38% de aprovação. Já a reprovação (ruim e péssimo) passou de 17% em novembro para os atuais 23% -mesmo índice de setembro.
A aprovação caiu em todos os estratos sociais, mas a queda é maior entre homens (13 pontos, de 55% em novembro para 42% agora), pessoas de 16 a 24 anos (18 pontos, de 60% para 42%), com ensino médio (14 pontos, de 58% para 44%) e renda de dois a cinco salários (13 pontos, de 57% para 44%).
A nota média obtida pelo prefeito foi 5,8 -ele é o quinto colocado em um ranking de nove prefeitos. Outros três prefeitos obtiveram a mesma nota. Em novembro, Kassab tinha nota 6,4. Em setembro, 5,7.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 19 de março com 1.091 moradores da capital com mais de 16 anos. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Em 17 de março, quando o levantamento já tinha começado, houve uma grande enchente que parou o trânsito (foi o maior índice de lentidão do ano) e uma linha de trem, deixando paulistanos ilhados.
Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, disse que a repercussão negativa causada pela enchente pode ter causado um reflexo no resultado da pesquisa, puxando para baixo a avaliação do prefeito.
"É óbvio que há um possível reflexo [da enchente] no resultado da pesquisa, mas está claro que nesse período houve uma queda [da popularidade de Kassab]. Se vai significar uma curva descendente, só as próximas pesquisas vão dizer."
A enchente de março não foi a primeira enfrentada por Kassab neste início de segundo mandato. Além disso, ele reduziu os investimentos em obras e manutenção da cidade por causa do congelamento de verbas adotado para enfrentar a crise financeira internacional.


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