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Aprovação de Kassab cai e volta ao patamar pré-eleição
Prefeito perdeu 11 pontos de ótimo/bom no levantamento do Datafolha desde novembro
Kassab agora tem aprovação de 45% dos eleitores, índice semelhante ao de antes de ultrapassar Alckmin na campanha
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Menos de cinco meses após
se eleger com 61% dos votos válidos, a popularidade do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), voltou ao nível da
campanha eleitoral, quando ele
tentava ir ao segundo turno.
Do fim de novembro a meados de março, a aprovação dos
paulistanos à gestão Kassab
caiu 11 pontos percentuais, segundo o instituto Datafolha, e
voltou aos 45% do início de setembro. Na ocasião, ele tinha
18% das intenções de voto e estava tecnicamente empatado
com Geraldo Alckmin (PSDB)
-o tucano tinha 22% contra
40% de Marta Suplicy (PT).
No pico de sua popularidade,
na semana em que venceu o
primeiro turno, o prefeito obteve aprovação de 61%. Desde então, a queda foi de 16 pontos.
A avaliação do prefeito ainda
é superior, por exemplo, à de
março de 2008, quando Kassab
tinha 38% de aprovação. Já a
reprovação (ruim e péssimo)
passou de 17% em novembro
para os atuais 23% -mesmo índice de setembro.
A aprovação caiu em todos os
estratos sociais, mas a queda é
maior entre homens (13 pontos, de 55% em novembro para
42% agora), pessoas de 16 a 24
anos (18 pontos, de 60% para
42%), com ensino médio (14
pontos, de 58% para 44%) e
renda de dois a cinco salários
(13 pontos, de 57% para 44%).
A nota média obtida pelo
prefeito foi 5,8 -ele é o quinto
colocado em um ranking de nove prefeitos. Outros três prefeitos obtiveram a mesma nota.
Em novembro, Kassab tinha
nota 6,4. Em setembro, 5,7.
A pesquisa foi realizada entre
os dias 16 e 19 de março com
1.091 moradores da capital com
mais de 16 anos. A margem de
erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Em 17 de março, quando o levantamento já tinha começado,
houve uma grande enchente
que parou o trânsito (foi o
maior índice de lentidão do
ano) e uma linha de trem, deixando paulistanos ilhados.
Mauro Paulino, diretor-geral
do Datafolha, disse que a repercussão negativa causada pela
enchente pode ter causado um
reflexo no resultado da pesquisa, puxando para baixo a avaliação do prefeito.
"É óbvio que há um possível
reflexo [da enchente] no resultado da pesquisa, mas está claro
que nesse período houve uma
queda [da popularidade de Kassab]. Se vai significar uma curva
descendente, só as próximas
pesquisas vão dizer."
A enchente de março não foi
a primeira enfrentada por Kassab neste início de segundo
mandato. Além disso, ele reduziu os investimentos em obras
e manutenção da cidade por
causa do congelamento de verbas adotado para enfrentar a
crise financeira internacional.
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