São Paulo, sábado, 26 de março de 2011

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PAULO SANTOS MATTOS (1925-2011)

O campineiro que foi o mais antigo jornalista de turismo

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Já brincou de pique? Paulo Santos Mattos responderia que não. E de queimada ou de bolinhas de gude? Também não. Paulo não conhecia essas brincadeiras de criança porque passara a infância dentro de bibliotecas.
E se a mãe não o buscasse, ele até se esquecia de almoçar por conta dos livros.
Paulo saiu de Campinas, onde nasceu, para estudar direito na USP. Formado, não advogou: foi publicitário, relações-públicas, organizador de eventos, professor e palestrante. Até segunda, era o mais antigo jornalista brasileiro de turismo vivo.
Por cerca de 50 anos, editou a seção de aviação e turismo de "A Gazeta", "A Gazeta Esportiva", "Diário de São Paulo" e "Diário da Noite". Também trabalhou em revistas especializadas no assunto e fundou e presidiu a Abrajet (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo).
Exímio orador, participou de congressos, criou os salões de turismo e trabalhou em empresas aéreas e hotéis. Da Força Aérea Brasileira e do Ministério da Aeronáutica foi relações-públicas.
A mulher, Mariluiza, conta que ele acordava e deitava de bom humor. A viagem de núpcias do casal, de dois meses, foi quase toda presente de casamento. Eram tantas as ofertas que não houve tempo de fazer o roteiro todo -faltaram os países orientais e o norte da Espanha.
Mas Paulo gostava mesmo de visitar Campinas e Cruzeiro (SP), para rever familiares.
Na segunda-feira, ele morreu aos 85, após pegar uma pneumonia. Não teve filhos.
A missa do sétimo dia será amanhã, às 12h, na igreja São Gabriel, no Jd. Paulista, SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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