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ADMINISTRAÇÃO
Vega, Enterpa e Cliba, que não tiveram concorrentes, apresentaram propostas semelhantes ao teto da prefeitura
Só pequenas empresas baixam preço do lixo
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A redução de R$ 1.106.239,91
que a Prefeitura de São Paulo obteve com os novos contratos
emergenciais para varrição e coleta de lixo na cidade não atingiu as
três empresas que já prestavam
serviço e, em cujos lotes, foram as
únicas a apresentar propostas.
A contratação de emergência
das seis empresas, que atuam em
nove regiões, aconteceu no dia 11.
O critério para a contratação foi o
de menor preço, conforme informação do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana).
O próprio Limpurb estipulou o
preço máximo: por seis meses de
contrato, a prefeitura poderia pagar R$ 156,6 milhões. No resultado final, a contratação das seis
empresas atingiu R$ 155,5 milhões. Os envelopes com as propostas foram apresentados após a
prefeitura determinar quais empresas estavam habilitadas.
Vega, Enterpa e Cliba, que faziam varrição e coleta de lixo para
a prefeitura e contribuíram para a
campanha de Marta Suplicy (PT),
não tiveram concorrentes nas
áreas nas quais trabalhavam e
apresentaram propostas cujos
preços quase se igualam ao máximo estipulado pela prefeitura.
Na administração passada, os
vereadores do PT acusavam as
empresas de lixo de superfaturamento e de formação de cartel.
No lote 1, que inclui as regionais
da Sé e da Lapa, somente a Vega,
que já atuava no local, apresentou
proposta de preço.
O valor máximo determinado
pela prefeitura era R$
30.009.089,91 por seis meses. A
Vega apresentou a proposta de R$
30.008.453,02, ou seja, uma diferença de R$ 636,89, o que representa 0,0021%.
No lote quatro (Casa Verde,
Freguesia do Ó, Jaçanã/Tremembé, Pirituba/Jaraguá, Perus e Santana), a Vega, que também já
atuava na região, apresentou uma
proposta que se diferenciou em
R$ 8.217,33 do valor estipulado
pelo Limpurb.
O mesmo aconteceu nas áreas
que já eram administradas pela
Enterpa. A empresa foi a única a
apresentar propostas para os
agrupamentos 3 (Cidade Ademar, Campo Limpo, Capela do
Socorro e Santo Amaro), 5 (Jabaquara e Vila Mariana) e 7 (Butantã e Pinheiros). Somando-se as
três regiões, a diferença de preços
é de R$ 7.802,96. O valor dos contratos, nesses três agrupamentos,
atinge R$ 49.687.305,47.
Nas três áreas onde houve mais
de uma concorrente, a diferença
entre o valor contratado e o preço
fixado pela prefeitura chegou a R$
784.809,05, como é o caso do segundo lote, que inclui as administrações regionais da Mooca e de
Aricanduva/Vila Formosa.
Para esse lote, quatro empresas
apresentaram propostas: Transpolix, Marca, Construrban e Marquise. A vencedora foi a Transpolix. Porém mesmo o preço da última colocada é menor do que os
descontos somados oferecidos
pelas empreiteiras que participaram sozinhas nos lotes. A proposta da Marquise era R$ 45.146,37
menor do que o teto da prefeitura.
No agrupamento 8 (Ipiranga e
Vila Prudente) concorreram Vega, Queiroz Galvão e Marquise. A
vencedora foi a Queiroz Galvão.
Antes desse contrato de emergência, a Vega era responsável pelo
serviço. O preço apresentado pela
Queiroz Galvão ficou R$
165.849,69 menor que o teto.
Isso também aconteceu no lote
nove, que inclui as Administrações Regionais da Penha e Vila
Maria/Vila Guilherme. Concorreram a Enterpa e a Marquise, e a
vencedora foi esta última, com
uma diferença de R$ 137.330,52
sobre o valor da prefeitura.
As empresas afirmaram que
não foram beneficiadas e que o fato de apresentarem um preço praticamente equivalente ao determinado pela prefeitura confirma,
segundo as empreiteiras, que o
valor cobrado anteriormente
"não era abusivo".
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