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Traficante diz que "colocam palavras em sua boca"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O traficante Fernandinho
Beira-Mar não respondeu a
perguntas quando foi apresentado ontem à imprensa.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, o traficante
disse que não falaria porque
"estavam colocando muitas
palavras em sua boca".
Mais tarde, Beira-Mar repetiu a queixa aos deputados
que o visitaram. Ele negou
que tivesse apresentado uma
lista com nomes de empresários e políticos do Rio com
os quais teria colaborado.
Beira-Mar chegou a Brasília ontem por volta das 9h.
Veio num jato da FAB, que o
aguardava em Tabatinga e
fez escala em Manaus. Chegou à Base Aérea de Brasília
e seguiu diretamente à Superintendência da Polícia Federal, em uma operação que
deslocou quatro carros, um
helicóptero e 15 policiais.
O novo preso alterou a rotina da Superintendência da
PF. Logo na chegada, médicos da PF deram analgésico e
antiinflamatório a Beira-Mar, que se queixava de dores no braço, ferido a bala.
Além do ferimento no ombro, Beira-Mar também tem
ferimentos a bala no braço,
no quadril e em um dedo.
No entanto, Beira-Mar não
perdeu dedos da mão, como
havia sido noticiado.
No final da tarde, ele foi levado ao hospital para fazer
exames para avaliar a necessidade de uma cirurgia.
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