DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A Marinha anunciou ontem que as buscas ao padre Adelir Antônio de Carli, 41, vão ser encerradas hoje. O religioso desapareceu há seis dias no litoral de Santa Catarina preso a balões de festa com gás hélio.
De acordo com o comando do 5º Distrito Naval, em Rio Grande (RS), os dois navios e o helicóptero destacados para a procura intensificaram os esforços desde ontem.
Houve varreduras desde São Francisco do Sul, no litoral norte catarinense, até Imbituba, na região sul do Estado, em uma faixa de 290 quilômetros de costa.
Quando as buscas terminarem hoje, serão completadas 144 horas de procura, o dobro do tempo usual em operações similares, segundo a Marinha.
"O período de sobrevivência de um náufrago é indeterminado, dependendo das condições físicas e psicológicas do mesmo, bem como das condições meteorológicas. O tempo indicado como parâmetro eficaz nas buscas em situações similares é de 72 horas", informou a assessoria do 5º Distrito Naval.
Pessoas próximas ao padre dizem ainda acreditar na localização do religioso.
"Quando chega o final da tarde, a gente meio que baqueia, porque mais um dia se foi, mas ainda temos esperanças de que ele possa ser encontrado com vida", disse Denise Gallas, coordenadora da Pastoral Rodoviária, fundada pelo padre para prestar ajuda aos caminhoneiros.
O avião alugado pela família do padre foi usado nas buscas somente anteontem. A aeronave concentrou vôos na costa de Penha (127 km a norte de Florianópolis).
A expectativa era confirmar um pressentimento de um fiel ligado ao padre de que ele poderia estar na região. Nada havia sido encontrado até o início da noite.
Seis comunicados falsos de encontro de cadáver no mar já haviam sido repassados até ontem ao grupo de radiopatrulhamento da polícia.


Texto Anterior: Professores de arte podem se inscrever até quarta em concurso
Próximo Texto: Batida de trens fere 8 pessoas e afeta transporte no Rio
Índice