São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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Polícia transfere dez do PCC, mas líder fica em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia transferiu ontem da capital paulista para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km de SP) 10 dos 15 integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) presos na última quinta durante a maior operação contra a facção criminosa já deflagrada no Estado. Na operação, 18 pessoas foram presas -três advogados- e 32 centrais telefônicas foram fechadas.
Entre os transferidos ontem estão dois dos mais conhecidos membros da organização: José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roris da Silva, o Cesinha. Para evitar ataques ao comboio, a transferência mobilizou dez carros, um helicóptero e 50 homens -20 dos quais acompanharam os detentos em um vôo fretado.
No Deic (Departamento Estadual de Investigações sobre o Crime Organizado) ficaram cinco detentos do PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos fundadores da facção e apontado hoje pela polícia como seu principal líder.
O delegado Antonio de Olim, responsável pela transferência, disse que Marcola e os outros detentos não foram transferidos porque ainda têm de prestar depoimento. A expectativa é de que sigam ao interior esta semana.
Os presos deixaram o prédio do Deic, na zona norte da capital, às 7h30, chegaram ao aeroporto de Congonhas às 7h50 e desembarcaram em Presidente Bernardes às 9h40. No avião, os presos seguiram algemados, com as mãos para trás. Com eles, o presídio -único com bloqueadores que impedem a comunicação por telefone celular no Estado- passa a ter 69 internos.
O delegado Carlos Alberto Delair disse que os presidiários estavam informados de que seguiam para o sistema carcerário, "onde é a casa deles". (CHICO DE GOIS)

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