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TERROR DOS PAULISTAS
Jovem de 19 anos havia sido levado no dia 6, em Campinas; seqüestro foi o sétimo do ano na região
Estudante foge após 19 dias de cativeiro
LÍVIA SAMPAIO
DO "AGORA"
Após passar 19 dias em um cativeiro na favela do Ouro Verde, em
Campinas (95 km de São Paulo), o
estudante A.J.A.J., 19, conseguiu
fugir, por volta das 12h de ontem,
do barraco onde ficou preso desde que foi seqüestrado, no último
dia 6. Ele estava sozinho no local,
sem comer, desde domingo.
A vítima, que ficou acorrentada,
passa bem, segundo a polícia. Até
o início da noite de ontem, ninguém havia sido preso. Só neste
ano, sete pessoas foram seqüestradas na região de Campinas.
Entre as vítimas estão as mães dos
jogadores de futebol Rogério, do
Sporting de Lisboa, Luis Fabiano,
do FC Porto, e Grafite, do São
Paulo -todas já libertadas.
Segundo a polícia, o estudante
conseguiu se livrar das correntes
pois os seqüestradores teriam esquecido de trancar o cadeado.
A. foi levado por dois homens,
na tarde de 6 de maio, enquanto
trabalhava no estacionamento do
pai, em Santa Bárbara d'Oeste.
Classe média
Segundo o delegado Fábio Nelson Fernandes, da DAS (Divisão
Anti-Seqüestro) de São Paulo,
responsável pelo caso, a família da
vítima é de classe média e não tinha condições de pagar o dinheiro exigido no resgate do estudante. O valor não foi informado.
Por enquanto a polícia descarta
a possibilidade de a quadrilha ter
ligação com os seqüestradores da
filha do presidente do Esporte
Clube Mogi Mirim, Márcia Barros, 24 anos, e do empresário José
Ricardo Feltran, 29 anos, que estavam um mesmo cativeiro e foram libertados na última segunda-feira. Três homens acusados
pelo seqüestro foram presos.
O pai de A., que é dono de uma
rede de estacionamentos em Santa Bárbara, foi roubado dias antes
do seqüestro, ao sair de uma
agência bancária da cidade. A Polícia Civil ainda não sabe se há relação entre o roubo e o seqüestro
do rapaz.
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