|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DARIO CERCHI (1910-2010)
Velejou e construiu barquinhos
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Por alguns anos, o filho de
italianos Dario Cerchi foi
adepto do nautimodelismo,
ou seja, tornou-se a certa altura da vida um construtor
de pequenas embarcações.
As miniaturas de barcos
feitas por ele não chegaram a
invadir mares nunca dantes
navegados; eram apenas para ficar expostas em casa.
Como conta a filha, Ana
Maria Cerchi Kesselring, o
pai era apaixonado pelo assunto. E não ficou preso só na
pequena escala náutica.
Também teve barcos de
verdade, e velejava -entre
outras localidades- na represa Billings, na Grande SP.
Participava ainda de competições, lembra a filha.
No fundo, ele foi um esportista, de remar e nadar no Tietê, na longínqua época em
que o rio não era poluído.
Nascido na capital, Dario
estudou no Dante Alighieri,
colégio fundado em 1911 para
atender a comunidade italiana. Aos 22 anos, envolveu-se
numa briga de paulista, lutando na Revolução Constitucionalista de 1932.
Depois que os ânimos se
acalmaram, ele foi trabalhar
nas Indústrias Pignatari
-uma empresa da área de
mineração, de propriedade
do playboy Francisco "Baby"
Matarazzo Pignatari. Lá, Dario ocupou cargo de direção.
E, no mesmo ramo, trabalhou depois na Foseco.
Foi casado de 1942 a 1991,
quando ficou viúvo de Dulce.
Em 1998, aos 88, casou-se
novamente com Genny.
Morreu na quarta-feira
passada, a quase um mês de
completar cem anos. Deixa
viúva, uma filha, três netos e
uma bisneta. A missa de sétimo dia será realizada às 17h
de hoje, na igreja São José,
em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Foco: Vídeo de casamento em 3D "joga" buquê para o espectador Índice
|