São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DARIO CERCHI (1910-2010)

Velejou e construiu barquinhos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Por alguns anos, o filho de italianos Dario Cerchi foi adepto do nautimodelismo, ou seja, tornou-se a certa altura da vida um construtor de pequenas embarcações.
As miniaturas de barcos feitas por ele não chegaram a invadir mares nunca dantes navegados; eram apenas para ficar expostas em casa.
Como conta a filha, Ana Maria Cerchi Kesselring, o pai era apaixonado pelo assunto. E não ficou preso só na pequena escala náutica.
Também teve barcos de verdade, e velejava -entre outras localidades- na represa Billings, na Grande SP. Participava ainda de competições, lembra a filha.
No fundo, ele foi um esportista, de remar e nadar no Tietê, na longínqua época em que o rio não era poluído.
Nascido na capital, Dario estudou no Dante Alighieri, colégio fundado em 1911 para atender a comunidade italiana. Aos 22 anos, envolveu-se numa briga de paulista, lutando na Revolução Constitucionalista de 1932.
Depois que os ânimos se acalmaram, ele foi trabalhar nas Indústrias Pignatari -uma empresa da área de mineração, de propriedade do playboy Francisco "Baby" Matarazzo Pignatari. Lá, Dario ocupou cargo de direção.
E, no mesmo ramo, trabalhou depois na Foseco.
Foi casado de 1942 a 1991, quando ficou viúvo de Dulce. Em 1998, aos 88, casou-se novamente com Genny.
Morreu na quarta-feira passada, a quase um mês de completar cem anos. Deixa viúva, uma filha, três netos e uma bisneta. A missa de sétimo dia será realizada às 17h de hoje, na igreja São José, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Foco: Vídeo de casamento em 3D "joga" buquê para o espectador
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.