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Estado quer gerir transporte na capital
Governo paulista planeja criação de órgão intermunicipal para cuidar do setor em toda a Grande São Paulo
Ideia é estabelecer
um consórcio entre os municípios para delegar o planejamento e a operação do sistema
RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO
O governo do Estado pretende criar um órgão intermunicipal para cuidar do
transporte na região metropolitana de São Paulo.
O nome já está definido:
Autoridade Metropolitana de
Transportes. A empresa será
a responsável, por exemplo,
por gerenciar a operação das
linhas de ônibus de toda a
Grande São Paulo -capital
incluída.
A ideia é estabelecer um
consórcio entre os municípios para delegar à Autoridade o planejamento e a operação do sistema de transportes, explica o secretário José
Luiz Portella (Transportes
Metropolitanos).
A inspiração para o novo
órgão veio de modelos semelhantes de Nova York, Londres e Madri.
O Estado já é responsável
pela operação de metrô e
trem -e alguns sistemas de
ônibus na região metropolitana. Não tem controle, porém, sobre as políticas de
transporte nos municípios.
DEBATE
Segundo o secretário, o assunto está em debate no governo há um ano e meio. Ele
tem em mãos um estudo
pronto a respeito do tema,
mas não deu mais detalhes.
À Folha, ontem, Portella
afirmou que irá encaminhá-lo ao governador Alberto
Goldman (PSDB), em data
ainda não definida.
O governador, por sua vez,
tem de submeter o projeto à
Assembleia Legislativa do
Estado.
O primeiro passo para levar a ideia adiante foi dado
no ano passado, quando o
governo do Estado decidiu
criar um bilhete único metropolitano. O projeto está em
fase de licitação.
A proposta é polêmica, por
interferir na gestão municipal. A discussão com os prefeitos da Grande São Paulo
começará por Gilberto Kassab (DEM), disse Portella.
CAPITAL
Kassab conhece o projeto,
mas não tem posição definida a respeito.
Secretário de Transportes
da capital, Alexandre de Moraes é contra. Por meio da assessoria, ele disse que a criação de uma autoridade metropolitana não está nos planos da prefeitura.
Segundo a Secretaria dos
Transportes Metropolitanos,
a Autoridade Metropolitana
poderia, por exemplo, determinar onde é possível ou não
estacionar, atribuição que
hoje é de Moraes.
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