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Média salarial na companhia supera R$ 2.000
DA REPORTAGEM LOCAL
Os gastos do Metrô com salários levaram a um impasse entre o sindicato e a empresa nas
últimas semanas para definir
um reajuste à categoria.
O argumento da companhia
é que o aumento de 18,13% pretendido pelos trabalhadores
elevaria em R$ 98 milhões os
gastos anuais -quebrando
um equilíbrio primário entre
receita e despesa, já que a folha
de pagamento passaria a comprometer 81% da arrecadação
(índice que hoje é de 68%).
A média salarial dos 8.000
funcionários do Metrô supera
R$ 2.000 -duas vezes os pisos
de motoristas e cobradores de
ônibus. "Não é possível a população ficar refém de uma categoria que tem benefícios muitos superiores à média dos salários", chegou a dizer ontem o
governador Geraldo Alckmin.
Esses salários, porém, são reflexo do perfil dos metroviários. O balanço social de 2001
do Metrô mostrava que, entre
os 7.425 funcionários daquela
época, 25% tinham ensino superior -e mais de 220 eram
mestres ou doutores.
O próprio presidente da
companhia, Luiz Carlos Frayze
David, diz que esse é um dos
motivos da qualidade do transporte. "Não queremos que eles
sejam mal pagos. Mas não podemos fazer do Metrô aquilo
que aconteceu com as estatais,
que deram vantagem em cima
de vantagem e quebraram."
Segundo Wagner Fajardo, diretor do sindicato dos metroviários, as distorções se devem
à grande quantidade de cargos
de confiança -segundo ele,
são 130, que consomem 7% da
folha de pagamento. David
afirma que os maiores salários
estão próximos de R$ 9.000.
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