São Paulo, sábado, 26 de junho de 2010

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USP e Unicamp não usarão Enem em vestibulares

Unicamp, porém, não descarta usar a nota do exame nacional em um eventual programa de inclusão

Motivo alegado pelas duas instituições é que a realização do exame só em novembro poderia atrasar seus calendários

FABIANA REWALD
PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO

Os vestibulares 2011 da Fuvest e da Unicamp não usarão o resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como parte da nota.
O motivo é que o exame será realizado muito tarde -em 6 e 7 de novembro-, portanto não haverá tempo hábil para que sua nota seja computada pelos organizadores.
Para que o resultado do exame nacional fosse aproveitado, a USP afirma que deveria receber as notas da parte objetiva até a segunda quinzena de novembro.
"Se o Enem ocorresse em outubro, nós o usaríamos", diz Renato Pedrosa, diretor-executivo da Comvest, comissão que organiza a prova da Unicamp.
A não utilização do Enem para compor parte da nota no vestibular, no entanto, não significa que o exame vá ser completamente descartado pela estadual de Campinas ou pela USP.
"Isso não quer dizer que abandonamos o Enem de vez", diz Quirino Augusto Carmello, pró-reitor-adjunto de graduação da USP.
Segundo Telma Zorn, pró-reitora de graduação da USP, o exame pode voltar a ser usado nos próximos anos. "Não é uma nova política", afirma ela, que assumiu o cargo neste ano.
No ano passado, o uso da nota do exame já havia deixado de ocorrer em razão do seu adiamento de outubro para dezembro, após o vazamento das questões.
Até então, o Enem era usado para compor 20% da nota da primeira fase, tanto na Fuvest como na Unicamp, caso o resultado do exame beneficiasse o vestibulando.

INCLUSÃO
Outro uso do Enem que está descartado na USP, assim como ocorreu no ano passado, é como fonte de bônus no Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP).
Pelo programa, o resultado do exame poderia representar um acréscimo de até 6% nas notas de candidatos que fizeram o ensino médio em escolas públicas do país.
Mas, sem ele, a bonificação passa a ser baseada na pontuação obtida pelo candidato na primeira fase da Fuvest. A fórmula, criada no ano passado, fica mantida.
A Unicamp acredita que ainda possa usar o Enem como parte de um eventual programa de inclusão para alunos de escolas públicas. No entanto, ainda não sabe como isso poderia ser feito.
No momento, os conselhos universitários da instituição ainda discutem a criação do programa.


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