São Paulo, domingo, 26 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Idosos tendem a se afastar do desconforto, diz geriatra DE SÃO PAULO Por ter uma saúde mais frágil, o idoso é mais suscetível ao desconforto do transporte coletivo e tende a se afastar dos ônibus e do metrô se houver superlotação . A avaliação é de Silvia Regina Mendes Pereira, presidente da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia). Leia os principais trechos da entrevista.   FOLHA - Como a superlotação do transporte afeta os idosos? Silvia Regina Mendes Pereira - Para começar, ele acaba ficando em pé. Os bancos preferenciais lotam logo e tem quem fique ali ouvindo música, fingindo que não vê ninguém. O idoso não pode ficar muito tempo em pé porque perde equilíbrio, pode cair. Há também empurra-empurra, calor, fica abafado, tudo isso atrapalha. Mais do que para os demais passageiros? O organismo do idoso funciona praticamente sem reserva. Qualquer estresse ou algo que demande mais do corpo, ele não tem como compensar. A superlotação faz ele não ir mesmo. Aquele monte de gente é um horror para a pessoa mais velha, que se desequilibra, fica perturbada. Quando a gente fica em pé, nossos vasos se contraem, para garantir sangue na cabeça. Na pessoa mais velha, há uma hipotensão postural. Quando ela está em pé, mais sangue fica sequestrado nas pernas, menos sangue chega na cabeça, dá tonteira e ela pode desmaiar. A musculatura do idoso é mais fraca, a pessoa tem menos força e se cansa mais rápido. Ficando muito tempo em pé, pode ser um início da hipotensão. O transporte coletivo está cada vez mais lotado. O idoso, então, tende a se afastar? Sim. Até na escada, se alguém com pressa esbarra nele, é queda. O idoso não tem musculatura forte para se equilibrar. (AI) Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Danuza Leão: Sejamos civilizados Índice | Comunicar Erros

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