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PROGRAMA
Prevenção ganha força no Brasil
Para a ONU, mercado
de drogas está estável
da Sucursal de Brasília
Nos últimos dois anos, o mercado de drogas ilícitas ainda tem
crescido no Brasil, mas não no ritmo que foi verificado no início da
década. Hoje estaria atingindo até
mesmo um patamar de estabilização.
Essa é a conclusão do representante do Programa das Nações
Unidas para o Controle Internacional de Drogas (UNDCP) no
Brasil, José Manuel Martínez-Morales.
Hoje, na data em que se comemora o Dia Internacional contra o
Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, a entidade comemora dez
anos de atividades no Brasil.
Outra conclusão do UNDCP é
que o aumento no consumo, registrado nos últimos anos, ocorreu ao
mesmo tempo em que a sociedade
brasileira ampliou sua preocupação com o controle dos insumos e
com o consumo de drogas, intensificando suas ações nas áreas de
prevenção e de repressão.
Paradoxo
"Esse paradoxo registrado pelo
aumento do consumo ao mesmo
tempo em que se ampliam as ações
de prevenção é universal, não apenas uma característica brasileira.
Mas, no Brasil, o envolvimento da
sociedade com o tema cresceu",
afirmou Morales.
Segundo o representante da
ONU, "dez anos atrás o problema
de drogas parecia ser das outras
pessoas, dos outros países. Agora,
ninguém esconde que o problema
é nosso, está em nossas casas e em
nossas escolas".
Pesquisa
Ele cita dados de pesquisa feita
com estudantes de 1º e 2º graus,
que demonstram, por exemplo,
que o uso frequente de cocaína
cresceu sete vezes e o uso da maconha cresceu quatro vezes entre
1987 e 1997.
Segundo Morales, a cada dia tem
sido ampliada a "responsabilidade
compartilhada" entre o governo, a
iniciativa privada e as organizações sociais, situação que coloca o
Brasil como um dos pioneiros nessa interação.
"A sociedade brasileira percebeu
que a droga é um problema e que a
prevenção primária (daqueles que
ainda não são usuários) é uma das
soluções, tanto que está sendo objeto de diferentes campanhas públicas e privadas", afirmou Morales.
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