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Cresce nš de alfabetizados no grupo
DA SUCURSAL DO RIO
A última década registrou um
aumento significativo do número
de idosos alfabetizados -de
55,8%, em 1991, para 64,8%, em
2000. O crescimento de 16,1% é
reflexo do processo de universalização da educação a partir da década de 50.
A proporção de analfabetos
funcionais (com até três anos de
estudo), no entanto, ainda é grande entre as pessoas com 60 anos
ou mais que são responsáveis por
domicílios: 59% em todo o país.
Nos Estados do Norte e do Nordeste, a situação é pior. Nessas regiões, o índice chega a 72,4% e
77%, respectivamente. Maranhão
(82,7%), Tocantins (82,4%) e
Piauí (82,3%) concentram os piores resultados.
Segundo a demógrafa do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada) Ana Amélia Camarone,
os números são resultado do fato
de o ensino fundamental, até pouco antes de 1950, não ser acessível
a grande parcela da população.
Como consequência, o total de
idosos analfabetos ainda é alto.
Somava, em 2000, aproximadamente 5,1 milhões de pessoas.
Os homens continuam sendo,
proporcionalmente, mais alfabetizados do que as mulheres: 67,7%
contra 62,6%, respectivamente.
Novamente, o motivo da diferença é o maior acesso dos homens à
escola em relação à parcela feminina da população até os anos 60.
Em dez anos, o crescimento da
alfabetização feminina (20,4%),
porém, foi mais intenso que o da
masculina (13,3%).
A melhora do nível educacional
se estende aos idosos responsáveis pelo domicílio. Em 2000,
66,4% deles eram alfabetizados
-8,6 pontos percentuais a mais
do que em 1991.
A média de anos de estudo, entretanto, ainda é muito baixa no
Brasil: 3,4 anos, sendo 3,5 para os
homens e 3,1 para as mulheres.
Em uma década, houve acréscimo de menos de um ano de escolaridade entre os idosos -em 91,
a média era de 2,7 anos.
O Distrito Federal tem a maior
média, seis anos, e o Maranhão, a
pior, 1,5 ano. Entre as capitais,
Florianópolis é a mais bem colocada, com 7,2 anos, enquanto Rio
Branco ocupa a última posição:
2,7 anos. Em Novo Santo Antônio, no Piauí, os idosos têm, em
média, menos de um ano de escolaridade: 0,2. O Estado concentra
sete das dez cidades mais mal colocadas nesse ranking. Nelas, a
média de anos de estudo não ultrapassa 0,3 ano.
(SP)
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