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TRAGÉDIA EM CONGONHAS/ATRASOS
Passagem para vôo na 2ª já pode ser vendida
Com os atrasos dos últimos dias, a Anac havia proibido a venda de passagens para vôos com saída em Congonhas
A TAM cancelou 32 vôos hoje em Congonhas, apesar de não haver previsão de chuva; outros 21 foram transferidos para Cumbica
DANIEL BERGAMASCO
DA REPORTAGEM LOCAL
RAFAEL TARGINO
JOHANNA NUBLAT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) autorizou as
companhias aéreas a voltarem
a vender passagens para vôos
iniciados no aeroporto de Congonhas com embarque a partir
de 30 de julho, segunda-feira.
Até então, a proibição, anunciada na terça-feira, era irrestrita, independentemente da
data de embarque. O objetivo
da decisão é acomodar os passageiros que já tinham passagem comprada ou que tiveram
o seu vôo cancelado.
A portaria, publicada no início da noite no site oficial da
Anac, diz que "a operacionalidade daquele aeroporto [Congonhas] indica sua normalização nos próximos dias" e que "a
demanda reprimida de passageiros em São Paulo poderá ser
atendida até o dia 29 de julho".
Ontem, a Anac notificou as
companhias aéreas TAM, BRA,
Pantanal e OceanAir pelo fato
de as companhias aéreas terem
continuado a vender bilhetes
apesar da suspensão.
As empresas têm 20 dias para apresentar defesa e tentar
provar que não cometeram o
erro -atestado por fiscais da
agência, que conseguiram comprar bilhetes aéreos no site e no
balcão das companhias. O trabalho de fiscalização deverá
continuar hoje.
Resposta convincente
Se não apresentar resposta
convincente, cada companhia
terá que pagar multa de até
R$ 10 mil. A empresa também
tem a alternativa de recorrer da
punição, reapresentando seus
argumentos a duas instâncias
superiores: a superintendência
e a diretoria da Anac.
A Folha tentou ontem comprar passagens das companhias TAM, OceanAir, Gol e
Varig. Nas duas primeiras, recebeu respostas positivas: era
possível obter o bilhete aéreo.
Nas duas últimas, foi informada da proibição.
Problemas no sistema
A assessoria de imprensa da
OceanAir diz que o erro foi causado por problemas "no sistema" da companhia. A TAM negou que tenha sido notificada
pela Anac.
As assessorias das empresas
BRA e Pantanal não foram localizadas pela reportagem.
O aeroporto de Congonhas
estava deserto ontem, com saguões vazios e quase nenhuma
fila para check-in. Companhias
como TAM e Gol mantiveram a
decisão de evitar a pista em caso de chuva.
Com isso, dos 171 vôos programados, 130 (o equivalente a
76%) foram cancelados, segundo balanço da Infraero feito até
19h. Outros dez vôos (ou 5,8%
do total) tiveram atraso superior a uma hora.
O aeroporto ficou fechado
para pousos das 6h às 7h10,
quando passou a autorizar
aterrissagens guiadas por instrumentos (em que, devido ao
céu encoberto, o piloto precisa
se guiar pelo painel da aeronave para se localizar).
Céu aberto
A partir das 12h27, com céu
aberto, foram possíveis pousos
com orientação visual (em que
o aeroporto pode ser avistado a
alguns quilômetros de distância pelo piloto).
No entanto, cinco pousos foram transferidos para o aeroporto de Campinas, e 25 pousos, para o de Guarulhos.
O esvaziamento de Congonhas deve se repetir hoje. Ontem à noite, a TAM anunciou o
cancelamento de 32 vôos previstos para hoje e a transferência de outros 21 para Cumbica,
em Guarulhos, apesar da previsão de tempo apenas nublado
em São Paulo. Em seu site, a
TAM informa que há risco de
nevoeiro à noite na capital.
Colaborou VINICIUS ABBATE, da Sucursal de
Brasília
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