São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2007

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PORTO VELHO

Cúpula de presídio é afastada por suspeita de maus-tratos

DA AGÊNCIA FOLHA

Suspeitos de maus-tratos e tortura contra detentos, dois diretores do presídio Urso Branco, em Porto Velho, foram afastados dos cargos ontem por decisão da Justiça de Rondônia. Cabe recurso.
No dia 9 de julho, um detento foi morto em rebelião. O Ministério Público Estadual aponta que ele foi baleado na cabeça por um agente após ser dominado na quadra da unidade prisional. Há inquérito para o caso.
"O disparo foi desferido quando os internos já estavam na quadra, sem, portanto, qualquer situação que justificasse o uso de arma", relatam os promotores Lisandra Nascimento Santos e Rudson Silva, no pedido de afastamento do diretor geral do Urso Branco, Ricardo Augusto dos Santos, e do diretor de segurança da unidade, Hélio Pereira Cruz. Segundo Silva, os dois diretores podem ser responsabilizados, "no mínimo por omissão", pela morte do preso.
O MPE afirma que, durante o motim, ao menos dez presos foram baleados sem apresentar resistência. Antes, no dia 6, outro detento disse ter sido alvejado após reclamar da qualidade da comida. O ferimento na perna, segundo a Seapen (Secretaria da Administração Penitenciária), foi provocado por estilhaços de uma bala.
O secretário-adjunto da Seapen, Renato Eduardo de Souza, afirmou que a secretaria vai recorrer da decisão da Justiça de afastar os diretores do presídio Urso Branco. Ele diz não acreditar na culpa ou omissão da cúpula e negou que haja tortura e espancamentos no presídio.


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