especial para a Folha

Mulheres que estão entrando na menopausa podem ter maior dificuldade em se adaptar às lentes de contato.
Segundo o oftalmologista Virgílio Centurion, as alterações hormonais que acontecem nessa fase da vida da mulher podem levar a alterações na composição da lágrima, que podem tornar o uso das lentes mais difícil.
Uma análise da composição da lágrima pode indicar se esse problema está acontecendo. Centurion explica que, se houver necessidade, a mulher pode fazer uso de colírios de "lágrima artificial" para corrigir sua deficiência.
A córnea, camada mais externa do olho e onde a lente é depositada, depende da lágrima para sua limpeza e nutrição. Isso acontece por que não existem vasos sanguíneos na córnea (o que garante transparência a essa lente natural do olho humano). O uso de uma lente de contato sempre torna a oxigenação e a nutrição da córnea um processo mais difícil.
É por isso que, quanto mais fina e permeável for a lente (caso das lentes de contato gelatinosas de uso prolongado e das descartáveis), mais fácil a adaptação.Quanto mais dura e menos permeável (siliconadas, por exemplo), mais difícil é a adaptação.
Usar lente com pouca lágrima ou com lágrima de composição inadequada dificulta ainda mais a "vida' da córnea. Nessa situação, um oftalmologista pode fazer o diagnóstico e propor um tratamento com colírios especiais. (JB)


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