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Concorrência foi criticada por adversários
DA REPORTAGEM LOCAL
O recuo da prefeitura também
se dá depois de críticas de candidatos na sucessão municipal,
oponentes à prefeita Marta Suplicy (PT), sobre as suspeitas de
fraude na licitação da coleta de lixo e de uma afirmação do secretário de Serviços e Obras, Osvaldo
Misso, de que houve um erro de
cálculo nos valores do edital.
Misso fez essa declaração à Folha no final de julho para justificar
a diferença próxima de R$ 1 bilhão entre os menores valores
apresentados pelos participantes
e as estimativas dos técnicos.
Ele alegou que nas projeções da
prefeitura publicadas no edital
não haviam sido incluídas despesas indiretas, incluindo impostos
como PIS, Cofins e ISS.
A decisão da prefeitura de reabrir a disputa também se dá uma
semana depois de Gilberto Natalini, vereador pelo PSDB, entrar na
Justiça pedindo a proibição da assinatura dos contratos da coleta
de lixo. A principal alegação dele
era justamente os valores considerados exorbitantes.
Um juiz da 3ª Vara da Fazenda
Pública, antes de decidir sobre esse pedido, deu cinco dias úteis de
prazo para a Secretaria de Serviços e Obras dar explicações sobre
as contestações do vereador -limite que venceria ontem.
Em 30 de abril, quando a Folha
publicou um documento registrado em cartório pelo jornal que antecipava os vencedores, a Justiça
suspendeu temporariamente, no
mesmo dia, a continuidade da
concorrência. A decisão foi derrubada pela prefeitura no começo
de junho.
(AI)
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