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Mulher é libertada após 1 mês de seqüestro
Adriana Okamoto foi encontrada em uma favela na Cidade Tiradentes, zona leste de SP; dois suspeitos já estão presos
Agentes da Delegacia Anti-Seqüestro de Santo André resgataram a comerciante depois de terem recebido uma denúncia anônima
REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A comerciante Adriana Okamoto, 30, de Santo André
(Grande São Paulo), foi libertada anteontem à noite de um cativeiro em São Paulo após 31
dias de seqüestro.
Ela foi resgatada por volta
das 20h por agentes da Delegacia Anti-Seqüestro de Santo
André, que receberam uma denúncia anônima. A polícia não
confirma se houve pagamento
de resgate.
Adriana foi encontrada em
um barraco de dois cômodos de
uma favela na viela do Bom Jesus, na Cidade Tiradentes, zona
leste de São Paulo.
Ontem à tarde, a polícia
prendeu dois suspeitos de participar do crime. Segundo a Secretaria da Segurança Pública
de São Paulo, um dos presos é
dono do barraco onde Adriana
foi encontrada e o outro é um
adolescente.
Até a conclusão desta edição,
a polícia de Santo André ainda
fazia diligências em busca de
outros seqüestradores.
Segundo a ocorrência registrada no 3º DP de Santo André,
Adriana estava sozinha quando
foi localizada pelos policiais. Os
agentes pensaram se tratar de
outra vítima, também desaparecida há 31 dias.
A comerciante ocupava um
espaço escondido por um tapume de madeira onde cabia uma
cama de casal.
Ela assistia à TV e desconfiou
que os policiais fossem da quadrilha de seqüestradores. Após
o susto com o arrombamento,
Adriana foi levada para casa.
Apesar de a vítima ter sido
encontrada sozinha, a polícia
encontrou indícios de que havia outras pessoas no cativeiro,
que provavelmente fugiram
pouco antes da invasão.
Adriana deverá prestar depoimento na próxima semana.
Seqüestro
Adriana foi seqüestrada no
dia 24 de julho, por volta das
6h30, quando saía para o trabalho. Como ainda não prestou
depoimento, a polícia não sabe
como ela foi abordada.
A comerciante trabalha com
o marido na empresa do pai, em
São Caetano (Grande São Paulo). O marido, cujo nome não
foi revelado por segurança,
acionou a polícia após perceber
a ausência da mulher na empresa. No dia do seqüestro, ele
havia saído de casa depois dela.
Após ligar várias vezes para o
celular de Adriana, o marido
contatou a polícia por meio do
190 e solicitou o bloqueio do
carro dela, um Corolla cinza.
No mesmo dia, por volta das
9h, a polícia entrou em contato
com o marido da comerciante e
informou que o carro tinha sido
encontrado queimado em Suzano (Grande São Paulo).
A polícia não informou se os
seqüestradores entraram em
contato com a família de Adriana para solicitar resgate. Ainda
segundo a polícia, a refém passou por dois cativeiros antes de
ser encontrada.
O delegado que preside o inquérito, Alberto José Mesquita,
não quis falar com a imprensa.
Outros casos
A Secretaria da Segurança
Pública de São Paulo não informa quantos seqüestros estão
em andamento no Estado.
No primeiro semestre deste
ano, foram registrados 64 casos
em todo o Estado, ante 77 em
igual período do ano passado.
Colaborou o "Agora"
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