São Paulo, sábado, 26 de agosto de 2006

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Mulher é libertada após 1 mês de seqüestro

Adriana Okamoto foi encontrada em uma favela na Cidade Tiradentes, zona leste de SP; dois suspeitos já estão presos

Agentes da Delegacia Anti-Seqüestro de Santo André resgataram a comerciante depois de terem recebido uma denúncia anônima


REGIANE SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A comerciante Adriana Okamoto, 30, de Santo André (Grande São Paulo), foi libertada anteontem à noite de um cativeiro em São Paulo após 31 dias de seqüestro.
Ela foi resgatada por volta das 20h por agentes da Delegacia Anti-Seqüestro de Santo André, que receberam uma denúncia anônima. A polícia não confirma se houve pagamento de resgate.
Adriana foi encontrada em um barraco de dois cômodos de uma favela na viela do Bom Jesus, na Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo.
Ontem à tarde, a polícia prendeu dois suspeitos de participar do crime. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, um dos presos é dono do barraco onde Adriana foi encontrada e o outro é um adolescente.
Até a conclusão desta edição, a polícia de Santo André ainda fazia diligências em busca de outros seqüestradores.
Segundo a ocorrência registrada no 3º DP de Santo André, Adriana estava sozinha quando foi localizada pelos policiais. Os agentes pensaram se tratar de outra vítima, também desaparecida há 31 dias.
A comerciante ocupava um espaço escondido por um tapume de madeira onde cabia uma cama de casal.
Ela assistia à TV e desconfiou que os policiais fossem da quadrilha de seqüestradores. Após o susto com o arrombamento, Adriana foi levada para casa.
Apesar de a vítima ter sido encontrada sozinha, a polícia encontrou indícios de que havia outras pessoas no cativeiro, que provavelmente fugiram pouco antes da invasão.
Adriana deverá prestar depoimento na próxima semana.

Seqüestro
Adriana foi seqüestrada no dia 24 de julho, por volta das 6h30, quando saía para o trabalho. Como ainda não prestou depoimento, a polícia não sabe como ela foi abordada.
A comerciante trabalha com o marido na empresa do pai, em São Caetano (Grande São Paulo). O marido, cujo nome não foi revelado por segurança, acionou a polícia após perceber a ausência da mulher na empresa. No dia do seqüestro, ele havia saído de casa depois dela.
Após ligar várias vezes para o celular de Adriana, o marido contatou a polícia por meio do 190 e solicitou o bloqueio do carro dela, um Corolla cinza.
No mesmo dia, por volta das 9h, a polícia entrou em contato com o marido da comerciante e informou que o carro tinha sido encontrado queimado em Suzano (Grande São Paulo).
A polícia não informou se os seqüestradores entraram em contato com a família de Adriana para solicitar resgate. Ainda segundo a polícia, a refém passou por dois cativeiros antes de ser encontrada.
O delegado que preside o inquérito, Alberto José Mesquita, não quis falar com a imprensa.

Outros casos
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo não informa quantos seqüestros estão em andamento no Estado.
No primeiro semestre deste ano, foram registrados 64 casos em todo o Estado, ante 77 em igual período do ano passado.


Colaborou o "Agora"


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