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Área do Playcenter terá parque e avenida
Projeto prevê parque linear numa área equivalente a oito campos de futebol, além de equipamentos de lazer
Margeando córrego que corta o parque, nova via ligará a av. Marquês de São Vicente, na Barra Funda, à marginal Tietê
DE SÃO PAULO
O Playcenter, o mais conhecido parque de diversões
da cidade de São Paulo -cerca de 1 milhão de visitantes
por ano-, será dividido ao
meio por uma das 56 obras
viárias previstas na Operação Urbana Água Branca.
A faixa a ser desapropriada acompanha o córrego
Quirino dos Santos desde a
avenida Marquês de São Vicente até a marginal Tietê. No
local, será implantado um
parque linear, com área total
de 65 mil m2, o equivalente a
oito campos de futebol.
O projeto prevê ainda a
abertura de uma rua, a implantação de duas lagoas
que ajudarão a reter as águas
das chuvas, a recomposição
das margens e a implantação
de equipamentos de lazer.
A via deverá ter 12 metros
de largura, com calçadas de
quatro metros de cada lado.
Aberta ao público, a rua vai
criar uma ligação entre a Barra Funda e a marginal Tietê e
dividir o Playcenter ao meio.
A intervenção terá de provocar mudanças no parque,
já que haverá brinquedos
instalados dos dois lados da
rua e do parque linear. Procurada, a assessoria de imprensa do Playcenter não se
manifestou sobre o projeto.
Na região, serão afetadas
ainda outros imóveis comerciais, como um restaurante,
uma churrascaria e uma empresa de transportes.
VALORIZAÇÃO
A área onde está o Playcenter sempre foi alvo de
atenção do mercado imobiliário por estar numa região
de acesso fácil, com boa infraestrutura, mas o parque
resiste no local há 37 anos.
Caso seja efetivada a implantação de todas as intervenções viárias previstas no
plano, haverá uma valorização ainda maior da região, de
acordo com o EIA-Rima.
Essa é, em síntese, a lógica
da operação: permite a exploração de oportunidades
pelo mercado imobiliário
-ao flexibilizar os limites da
lei de zoneamento- e arrecada dinheiro, com a cobrança
de taxa pelo excedente construído, para investir em projetos que julga prioritários.
Hoje, o caixa da operação
tem R$ 80 milhões, mas pode
superar R$ 400 milhões. Segundo a prefeitura, 32 empreendimentos já foram
aprovados na operação -outros nove estão em análise.
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